Pedro Nuno Santos falava à entrada para a reunião do Partido Socialista Europeu (PSE), que antecede a cimeira dos chefes de Governo e de Estado dos 27, que vai aprovar a nomeação para os altos cargos da União Europeia no próximo ciclo institucional (2024-2029). Os nomes de António Costa para a liderança do Conselho Europeu, de Ursula von der Leyen para um segundo mandato na Comissão Europeia e da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para chefe da diplomacia comunitária, mereceram já um acordo preliminar pelas três principais famílias políticas europeias, necessitando agora de uma aprovação final, por maioria qualificada dos líderes dos 27.
“Para nós, esta reunião [do Conselho Europeu] tem um interesse particular porque há fortes possibilidades de termos um português, e já agora um socialista, como presidente do Conselho Europeu”, referiu Pedro Nuno Santos, assinalando ainda a “coincidência boa” de outro notável socialista e português, António Guterres, liderar a organização das Nações Unidas.
O Secretário-Geral socialista acrescentou que a decisão “será muito importante”, também, para a Europa e os 27 Estados-membros, ao realçar a capacidade de António Costa em “construir pontes como muito poucos políticos europeus”.
“Para a União Europeia será, talvez, o primeiro presidente do Conselho Europeu com peso político, com experiência e inteligência, para dar a importância que este cargo merece ter”, disse.
“Será muito importante para afirmar a União Europeia como um ator geopolítica essencial na cena internacional e também no quadro interno. É aquilo que estávamos a precisar há muito tempo no Conselho Europeu”, completou o líder do PS.