Para o Secretário-Geral do PS, é decisivo que Portugal continue a reforçar o conjunto de respostas que tem vindo a fortalecer nos últimos anos quer na área social, quer na saúde, lembrando Pedro Nuno Santos que é preciso manter uma especial atenção à parte da população que está a envelhecer, representando uma parcela significativa da sociedade que depende sobretudo da sua reforma e que “temos de saber respeitar e valorizar”.
Uma prática que o líder socialista disse que o PS “tem muito orgulho” em ter mantido e reforçado ao longo dos últimos anos, garantindo que o próximo Governo socialista não deixará de dar um impulso na valorização e no reforço das reformas de quem trabalhou uma vida inteira, não deixando de dar, igualmente, como também salientou, um contributo decisivo no apoio ao trabalho desenvolvido nos Centros de Dia e no apoio domiciliário, tarefas fundamentais para “continuarmos a cuidar dos mais velhos”.
Programa económico do PSD é carta ao Pai Natal fora de tempo
Durante esta deslocação ao município da Amadora, Pedro Nuno Santos teve ainda ocasião para se referir ao programa económico do PSD, que Luís Montenegro apresentou ontem ao país, como uma “carta ao Pai Natal fora de tempo”, criticando, entre outros aspetos, o facto de o PSD insistir em fazer depender o “sucesso e a transformação da economia portuguesa e o seu crescimento da redução do IRC”.
Para a AD e para o seu líder, disse ainda o Secretário-Geral do PS, “esta é a bala de prata” que o PSD insiste em apresentar aos portugueses para transformar a economia. Um erro que os últimos oito anos de governos socialistas, como lembrou, provaram ser um engano, e que traduz a “assunção clara” de que o PSD “não tem uma visão nem uma estratégia sustentada de transformação da economia portuguesa”, lamentado que nem a “quantificação do crescimento da economia” o PSD tenha sido capaz de explicar.
Políticos têm de ser coerentes
Pedro Nuno Santos foi ainda interrogado pelos jornalistas sobre a forma como o presidente do PSD tem reagido ao facto de o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, ter sido constituído arguido num processo em que é suspeito de corrupção, salientando o líder socialista que os políticos “têm de ser coerentes” perante estes casos e que, “para os cidadãos, é muito importante confiar nos políticos”.
“Quando falo em coerência, refiro-me, desde logo, à forma como encarámos o caso judicial que esteve na origem da demissão do primeiro-ministro. Da mesma forma falamos deste caso ou falaremos de qualquer outro”, disse.
Sublinhando que o PS tem defendido, desde sempre, o princípio de não aproveitamento de qualquer caso judicial para fazer política, assim como o respeito pelo trabalho da justiça, Pedro Nuno Santos apontou, igualmente, que cabe aos políticos a responsabilidade de fazerem, em cada momento, “o seu juízo próprio sobre as condições para exercerem os respetivos cargos e protegerem as instituições” e, sobretudo, que o façam em coerência.
“É muito importante que sejamos coerentes nas posições que tomamos. É fundamental para garantirmos confiança nas instituições democráticas. Desejamos que todos os políticos, de qualquer partido, sejam também coerentes. Quando somos incoerentes, há uma quebra de confiança – e isso é grave”, advertiu.