“Ninguém conseguiu ver em Luís Montenegro, nem no seu discurso, nem na sua ambição, nenhuma vontade concreta e nenhuma visão para transformar a economia portuguesa”, disse Pedro Nuno Santos no final do encontro.
Para o líder socialista, Luís Montenegro “tem só uma solução” e acha que “há uma bala de prata” que se chama IRC. “E é uma visão errada sobre a política de IRC, que prefere fazer um corte transversal e sem critério para todas as empresas, independentemente do destino que é dado aos lucros”.
“Nós temos uma política diferente, queremos privilegiar as empresas que dão o destino correto aos seus lucros. E só há verdadeiramente transformação da nossa economia se as nossas empresas usarem os seus lucros para reinvestirem, seja no aumento da capacidade de produção, na investigação, no desenvolvimento ou até na capitalização da própria empresa. Por isso não queremos tratar de forma igual as empresas que distribuem os lucros aos seus acionistas e as que reinvestem”, sustentou.
Pedro Nuno Santos não deixou também sem resposta as palavras do ainda primeiro-ministro, dirigidas ao PS, sobre criação de riqueza e capacidade de fazer.
“As casas que o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas entregaram foram entregues por causa de um programa lançado por mim. As empresas que tutelei foram empresas que eram cronicamente deficitárias, uma delas, no caso da CP, nunca tinha dado lucro em toda a sua história, e a verdade é que nós conseguimos que sejam duas empresas que hoje são lucrativas e não são um problema para o Estado português. Estamos a fazer, ainda hoje e com obras em curso, aquela que é a maior revolução na ferrovia nacional. E, portanto, não sei bem do que Luís Montenegro fala”, notou.
“Aquilo que eu sei é que Luís Montenegro, durante a campanha, prometeu que ia resolver de forma rápida e célere o problema na saúde e nós estamos com um problema que é hoje muito maior do que tínhamos há um ano. Em vez de terem diminuído, os problemas agravaram-se”, acrescentou o líder do PS.
E em matéria de crescimento económico, Pedro Nuno Santos lembrou que o país conseguiu crescer, em média, 2,2% durante os governos socialistas liderados por António Costa, o que compara com um crescimento de 1,9%, na governação da AD.
“O PSD, a AD e Luís Montenegro criticavam o crescimento ‘anémico’ do PS e celebram hoje um crescimento que é inferior”, finalizou.