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Pedro Marques crítica PCP e BE e defende “grande coligação” de europeístas

Pedro Marques crítica PCP e BE e defende “grande coligação” de europeístas

Pedro Marques criticou hoje PCP e BE por ignorarem as consequências de Portugal fora do euro e reivindicou que só os socialistas são "os guardiões da responsabilidade orçamental".

Um dia depois de o dirigente do PS Pedro Nuno Santos ter defendido uma clara separação entre socialistas e liberais na União Europeia, Pedro Marques, esta tarde, no almoço-comício do Barreiro, atacou pela primeira vez diretamente o BE e o PCP, e defendeu, em contraponto, uma “grande coligação de europeístas” contra a extrema-direita.

“À nossa esquerda havia quem dissesse rasguem os compromissos com a Europa, não cumpram os tratados orçamentais, não cumpram as regras europeias, caso contrário não conseguiremos fazer nada. Mas, o PS é sempre o guardião da responsabilidade orçamental, provando ao mesmo tempo que é possível mais emprego, menos pobreza e com as contas em ordem. Isso está a crédito do PS – e nem a esquerda, nem a direita podem reclamar para eles esse património, que é deste Governo e de António Costa”, disse.

Ao contrário das linhas de demarcação entre socialistas e liberais, Pedro Marques falou dos “perigos” da extrema-direita, frisando, então, que o PS “está disponível para construir grandes coligações europeias a favor de uma Europa unida e de progresso”.

Pedro Marques destacou mesmo a ação do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e do Presidente francês, Emmanuel Macron.

“Gente que não é da nossa família política, mas que pensa como nós quanto ao futuro da Europa, porque a Europa não se pode fechar e o euro tem de avançar”, advogou, antes de voltar a insistir no ataque à corrente “securitária” conservadora que pretende “normalizar a extrema-direita”, mas, igualmente, em relação ao BE e ao PCP.

“A minha coligação é sempre com a Europa. O PCP fala explicitamente em saída do euro e o Bloco de Esquerda, por via de Catarina Martins, falou em preparação para a saída do euro. Por isso, gostava de dizer aos portugueses que saída do euro é desvalorização das nossas pensões, dos salários e dos nossos depósitos bancários”, apontou.

Para o cabeça de lista europeu do PS, “é preciso explicar aos portugueses que essas ideias que parecem simples, como falar da saída do euro, podem representar um grande perigo”.

“Por isso, quando constituímos este Governo, tivemos que concordar em discordar com a nossa esquerda”, referiu.

Sem citar ninguém dentro do seu partido, Pedro Marques pronunciou-se ainda sobre quem tem dúvidas em relação ao posicionamento do PS na União Europeia:

“Quando ouço fazer perguntas sobre onde está o PS em matéria de coligações, digo que estamos coligados com a Europa. Estamos onde sempre estivemos: Somos o partido de Mário Soares”, acrescentou.