Em declarações aos jornalistas no final do 22º Congresso do PCP, em Almada, João Torres, que liderou a delegação socialista, assinalou as diferenças de posição entre os dois partidos em diversas matérias, mas lembrou também que foi já possível, não obstante, “convergir em matérias fundamentalmente de força social”, aquando dos acordos para uma governação à esquerda, “num momento importante para o país”.
O deputado socialista argumentou, neste sentido, que quando o PCP ataca o PS está a “perder a sua energia e o seu tempo num contexto que não tem sido ascendente”.
“É muito importante que não se confundam os alvos. Nós, no Partido Socialista, nunca confundimos os alvos e espero que o Partido Comunista Português também, de agora em diante, não os confunda”, notou.
Para João Torres, essa clareza política ganha maior relevância no contexto atual do país.
“É muito importante que a esquerda esteja unida no combate a este Governo, que é um Governo sem credibilidade e que não responde às necessidades das portuguesas e dos portugueses”, concluiu.
O Partido Socialista fez-se representar, no encerramento do Congresso do Partido Comunista Português, no domingo, pelos deputados João Torres, Eurídice Pereira e Ivan Gonçalves.