Paulo Cafôfo, que esteve em contacto com a população na freguesia de Santo António, cruzou-se com vários pensionistas, tendo destacado as preocupações sociais do executivo socialista na República que têm resultado num acréscimo dos rendimentos das pessoas desta faixa etária, por via dos aumentos das pensões, com naturais impactos também na Região.
Esta é, aliás, uma medida que volta a ganhar expressão este ano, com Paulo Cafôfo a salientar o facto de o Orçamento do Estado para 2024 contemplar aumentos nas pensões entre 5% e 6%, valores superiores à inflação.
“Enquanto os Governos do PSD/CDS castigaram os portugueses, com cortes nas pensões de reforma e nos salários, aquilo que podemos perfeitamente constatar, com resultados práticos, é que, desde que o PS chegou ao Governo, esta realidade tem vindo a alterar-se, tendo sido possível não só aumentar progressivamente os valores das pensões, como manter a sustentabilidade das contas públicas e o crescimento da economia”, sustentou Paulo Cafôfo.
O candidato do PS/Madeira à Assembleia da República afirmou, por isso, que a única forma de prosseguir este rumo de valorização dos rendimentos, para dar mais poder de compra e condições de vida às famílias, e manter o país na rota do progresso e do crescimento é através do voto no PS.
PS defende uso da Autonomia para baixar impostos
Paulo Cafôfo defendeu também o aprofundamento da Autonomia com resultados práticos no quotidiano dos madeirenses, advogando o uso de todo o potencial autonómico para baixar os impostos sobre as famílias.
Numa ação de pré-campanha na freguesia de São Martinho, o socialista disse que o Governo Regional do PSD/CDS não é autonomista por convicção, mas “por conveniência”. “Falam muito de Autonomia e até falam no seu aprofundamento, mas não a usam na sua plenitude”, reparou o candidato socialista, dando como exemplo a questão dos impostos.
O também presidente do PS/Madeira explicou que a Região tem a possibilidade de aplicar o diferencial fiscal de 30% em relação ao continente, fazendo com que os madeirenses paguem menos impostos, mas deu conta que o Governo Regional “não usa esse atributo da Autonomia para beneficiar os madeirenses”. Algo que seria fundamental, tendo em conta o facto de a Madeira ter uma das mais altas taxas de risco de pobreza e exclusão social, de os madeirenses terem os salários médios mais baixos do país e de a habitação estar a atingir preços exorbitantes.
Da mesma forma, criticou o Governo Regional por não aplicar o diferencial de 30% em cinco dos nove escalões de IRS, como o PS tem vindo a defender. “Nós queremos uma Autonomia que não sirva alguns interesses, mas que sirva todos os madeirenses, nomeadamente para este diminuir da carga fiscal, que é muito importante para haver uma folga que neste momento não existe para as famílias madeirenses no final do mês”, sustentou.
Crise política na Madeira só terá fim com eleições antecipadas
A um outro nível, instado pelos jornalistas a propósito do momento político que se vive na Região, Paulo Cafôfo disse que esta crise política foi provocada pelo PSD, fazendo notar que ainda estamos no início de um processo judicial no qual o presidente do Governo é arguido por suspeitas de corrupção.
O líder socialista criticou o facto de Miguel Albuquerque ter prometido que ia solicitar o levantamento da sua imunidade, mas continuar sem o fazer. “Está a refugiar-se na sua qualidade de presidente do Governo, que não quer largar, precisamente para ter a proteção que a imunidade lhe dá”, declarou.
Paulo Cafôfo disse esperar que esta situação tenha reflexo nas urnas e que os madeirenses, já nestas eleições nacionais, votem no PS, o único partido com uma solução governativa e capaz de defender a Madeira.
Para o presidente do PS/Madeira, “a única forma de acabar com esta crise política” é a dissolução da Assembleia Legislativa Regional e a realização de eleições antecipadas. “O único fim para esta crise política é o voto no PS”, rematou.