home

Paulo Cafôfo reitera “imperativo” de eleições antecipadas na Madeira

Paulo Cafôfo reitera “imperativo” de eleições antecipadas na Madeira

O presidente do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, que esta manhã foi recebido em audiência pelo Representante da República para a Região, no âmbito da auscultação que está a efetuar aos partidos na sequência da demissão do Governo Regional devido a suspeitas de corrupção, afirmou que é “absolutamente necessário, e imperativo mesmo, que haja eleições antecipadas” nos respetivos prazos constitucionais e que, na sequência das mesmas, exista um novo executivo.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais
Paulo Cafôfo, PS/Madeira

O líder do PS/Madeira sublinhou que esta é a vontade da maioria dos madeirenses, da maioria dos partidos, à esquerda e à direita, e até de elementos do próprio PSD, como é o caso do ex-presidente do partido e antigo presidente do Governo, Alberto João Jardim.

Paulo Cafôfo apontou que a maioria que existe neste quadro parlamentar “tem sido um foco de instabilidade e não garante qualquer confiança nem qualquer estabilidade no futuro”, vincando que, na sequência desta megaoperação, em que Miguel Albuquerque e Pedro Calado são indiciados por crimes de corrupção, temos assistido a uma “desorientação” por parte destes partidos.

O presidente dos socialistas madeirenses disse que a única forma de garantir estabilidade e devolver a confiança às pessoas é dar a palavra ao povo, sublinhando que “não podemos ter medo de eleições antecipadas” e que esta é a melhor forma de pôr a democracia a funcionar.

“O PS está preparado e não tem medo do veredito popular. Queremos, de uma forma legítima, que a palavra seja devolvida ao povo e queremos ir a jogo, num jogo democrático, porque não estamos agarrados ao poder, como está o PPD/PSD. Aquilo que desejamos é apresentarmo-nos a eleições, disputarmo-las com o PPD/PSD e deixarmos nas mãos dos madeirenses o seu futuro”, porque o mesmo “não pode ser decidido por meia dúzia dentro do PPD/PSD”, sublinhou.

Paulo Cafôfo disse também não ser admissível que a Região tenha um Governo nomeado, tendo em conta que, na eventualidade de haver dissolução da Assembleia Legislativa, o executivo teria apenas cerca de um mês e meio e cairia, não havendo sequer tempo para aprovar um orçamento. “Não podemos estar a criar um problema sobre outros problemas. A forma mais clara de resolver isto é termos eleições antecipadas”, advertiu.

O presidente do PS/Madeira denunciou também a chantagem e o alarme social que estão a ser lançados pelos partidos que estão no poder, para benefício próprio e para continuar a promiscuidade e os favorecimentos a que temos vindo a assistir, como mostra o megaprocesso em curso. “A Madeira não vai parar. As pessoas continuarão a ter os seus salários, os pensionistas continuarão a receber as suas reformas, continuaremos a ter investimentos, os contratos que estão feitos serão assegurados, o Plano de Recuperação e Resiliência vai continuar a ser executado e os fundos comunitários vão continuar a ser aplicados. Ninguém, seja do setor privado, seja da administração pública regional, sairá prejudicado”, garantiu.

Esclareceu, aliás, que o PSD é o único responsável por não ter sido aprovado o orçamento antes da demissão da efetivação da demissão de Miguel Albuquerque, como desejaria o Representante da República.

Paulo Cafôfo acusou ainda o PSD de querer provocar o medo e o pânico, pois está agarrado ao poder por duas razões: Para manter os interesses e a promiscuidade que tem havido entre o Governo, o partido e alguns interesses privados, e porque “tem medo que se saibam ainda mais podres”.

ARTIGOS RELACIONADOS

25 de Novembro

Vivi os acontecimentos políticos do 25 de Novembro de 1975, aos meus 19 anos de idade, com muita ...