Na audiência com Ireneu Barreto, solicitada pelos socialistas, Paulo Cafôfo alertou que um governo que saia da atual maioria “não garante estabilidade, nem restaura a confiança dos madeirenses nas instituições democráticas”. “Um governo que saia deste quadro parlamentar é um governo fraco, frágil e sem legitimidade por parte do povo”, vincou, dando conta da desorientação a que temos vindo a assistir por parte do executivo e dos partidos que o sustentam.
Segundo o líder dos socialistas madeirenses, o PSD não está preocupado com os madeirenses nem em salvar a Madeira. “A única preocupação é salvarem-se a eles mesmos”, denunciou, esperando que haja eleições antecipadas quando constitucionalmente tal for possível. Como frisou, é importante que a Assembleia Legislativa seja dissolvida e que o executivo se mantenha em gestão até à realização de eleições. “Aquilo que nos interessa é que seja restabelecida a normalidade democrática” e, face à situação complexa que atravessamos, “a única solução de devolver a confiança às instituições é devolver a palavra ao povo”, vincou, garantindo que o PS está preparado e mobilizado.
Paulo Cafôfo aproveitou também para deixar um apelo aos partidos da oposição, para que “possam estar coesos e firmes na defesa da democracia”. “Os partidos que não são cúmplices nem pactuam com esta situação têm de estar preparados e mobilizados”, reforçou, acrescentando que o PSD tem medo de ir a eleições porque “está agarrado ao poder, quer perpetuar a promiscuidade que existe entre o Governo, o seu partido e interesses privados e tem medo que possam aparecer mais podres”.
O líder socialista apelou igualmente à união e mobilização dos madeirenses, fazendo-lhes sentir que têm no PS um partido preparado e com as respostas necessárias para a Região e reforçando que este “momento negro da nossa história” é culpa unicamente do PPD/PSD.