Paulo Cafôfo, que na votação do passado sábado arrecadou 1.450 votos (98,64%), o que constituiu a maior votação de sempre, fez a sua primeira declaração enquanto líder do partido, relevando que o PS é um partido de causas e de pessoas e que é com esse legado que pretende contruir um futuro melhor para a Região.
“Sinto, neste momento em que fui eleito presidente do partido, o dever e a responsabilidade de liderar a mudança na Madeira”, declarou, fixando o “compromisso inabalável” de tudo fazer para “mudar o destino” da Região e garantindo que, além dos madeirenses e porto-santenses, está acompanhado por “um partido forte e coeso que quer construir um tempo novo, de esperança e de oportunidades, onde as prioridades da governação estejam alinhadas com os sonhos e com os projetos das pessoas e das famílias”.
Paulo Cafôfo disse encetar um projeto no qual o PS se abre à sociedade civil, pretendendo incluir todos os que desejam o melhor para a Região. “Conto com o contributo de todos os que não se identificam com as políticas deste executivo, com as políticas de quase 50 anos, e que veem no nosso partido uma frente coesa, uma frente comum, para, com a energia necessária, uma energia catalisadora, podermos mudar a nossa Região”, referiu, garantindo que, na sua pessoa, os madeirenses vão encontrar uma “liderança determinada, entusiástica e com muita força para podermos enfrentar os desafios que temos pela frente”.
O presidente eleito do PS/Madeira destacou o facto de na Madeira a maioria da população já não votar no PPD, algo que ficou demonstrado em 2019 e que voltou a comprovar-se em 2023. “Há uma maioria social que quer uma mudança social e compete ao PS-Madeira dar a resposta necessária para que essa maioria social se transforme em mudança social e as pessoas possam ter uma vida muito mais digna, a vida que merecem”, expressou, acrescentando que “o PS é o partido da esperança da Região” e que o futuro da Madeira se constrói a partir de hoje.
Se não mudarmos de Governo, nada mudará
Paulo Cafôfo mostrou a sua preocupação em relação ao facto de a Madeira ter um dos piores índices no que diz respeito à pobreza e à desigualdade. “Eu não me conformo que quem trabalha esteja condenado a ser pobre. Não me conformo que o berço onde hoje nasce uma criança na nossa Região continue a determinar o seu futuro e a ditar o seu destino”, sustentou, adiantando que só é possível mudar este estado de coisas se mudarmos de Governo. “Se não mudarmos de Governo, nada mudará. Os sacrificados de sempre serão os prejudicados de sempre, os privilegiados de sempre serão os beneficiados de sempre, e sempre não rima com futuro. É por isso que o PS é a esperança de uma outra Região”, disse, desafiando a população a não se deixar enganar pelo “subsidiozinho, pelo passeiozinho ou pela telhazinha”.
O novo líder socialista referiu que o PS quer colocar as pessoas no centro das suas prioridades, implementando um programa de reformas estruturais e apontando como prioridades responder ao problema da falta de habitação, aumentar os rendimentos dos madeirenses, melhorar o acesso à saúde e criar empregos qualificados e melhor remunerados. Isto, sem esquecer os jovens, que correm o risco de ser a geração que viverá pior do que os seus pais, e a classe média, que sustenta toda uma economia e não vê o retorno nem a valorização que deve ter. “Os jovens e a classe média não podem, de maneira nenhuma, ficar para trás e não ficarão para trás com o PS”, assegurou.
Paulo Cafôfo disse ainda querer colocar a política ao serviço das pessoas e não ao serviço de alguns interesses.
“Acreditamos que quando calçamos os sapatos dos outros e caminhamos a seu lado, podemos conhecer os problemas, mas, acima de tudo, construir as soluções para uma vida melhor”, declarou.
Relativamente aos atos eleitorais que se avizinham – as eleições legislativas nacionais e as europeias – garantiu que o PS/Madeira está preparado para os desafios e para apresentar projetos e pessoas que possam não só dignificar o partido, mas representar bem a Região.
