Passos tem que dar a cara – desafia Seguro

O secretário-geral desafiou hoje o primeiro-ministro a “dar a cara”, a assumir responsabilidades e a explicar as “novas medidas de austeridade” que surgiram “de uma semana para a outra”.

Relativamente ao aumento da idade da reforma para os 67 anos, António José Seguro sublinhou que “começa a ser um padrão” do Governo de Pedro Passos Coelho anunciar mais medidas de austeridade.

“É bom que o primeiro-ministro não se esconda” e explique aos portugueses o “que é que está a correr mal, qual a razão de tantas medidas de austeridade de um momento para o outro”, afirmou Seguro, após uma reunião com autarcas do partido em Mangualde.

“Não sei o que é que o Governo esconde, mas tem vindo, nos últimos dias, a anunciar novas medidas de austeridade, como a suspensão das reforças antecipadas, nova taxa sobre alimentos, prolongamento sem limite da eliminação do subsídio de férias e de natal dos funcionários públicos, e agora, sem se saber de onde nem como, surge num jornal esta proposta do aumento da reforma para os 67 anos”, detalhou.

“O PS, com as informações que tem, opor-se-á a essa iniciativa” – o eventual aumento da idade da reforma para os 67 anos.

“Esta proposta não consta do memorando da 'troika', não consta do programa eleitoral do PSD e do CDS e não consta do programa do governo. O primeiro ministro que explique, que dê a cara, que assuma a responsabilidade e diga o que é que na sua receita está a correr mal para, de uma semana para a outra, venha com novas medidas de austeridade”, apontou.

Frisando que o PS “é um partido responsável”, António José Seguro lembrou as garantias existentes através do fundo de reserva da segurança social até à década de 2030, notando que o primeiro-ministro nunca o confrontou com a possibilidade do aumento da idade da reforma.