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Passos Coelho não percebeu carácter «imoral e indigno» da TSU

Passos Coelho não percebeu carácter «imoral e indigno» da TSU

O secretário-geral do PS considerou que ficou demonstrado que o primeiro-ministro recuou nas alterações sobre a Taxa Social Única (TSU), porque o país se opôs, e não por ter compreendido o carácter “imoral e indigno” da medida.

Numa reação às declarações proferidas por Passos Coelho, na quinta-feira, em que lamentou ter havido fatores de natureza ideológica que distorceram o debate sobre as mudanças propostas pelo Governo ao nível da TSU, António José Seguro escreveu hoje na sua página da rede social Facebook que ouviu o primeiro-ministro “expressar incompreensão pelas críticas de empresários à sua proposta de TSU”.

“Para o primeiro-ministro, os ´beneficiários' da sua proposta tinham a estrita obrigação de o apoiar. Terá sido assim que o primeiro-ministro terá pensando antes de anunciar a medida da TSU ao país e, mesmo depois de ter sido obrigado a fazer marcha atrás, não esconde o seu desapontamento”, aponta.

Segundo o líder socialista, ficou agora “claro que o primeiro-ministro só deixou cair a sua proposta de aumento da TSU porque o país se colocou à sua frente e não por ter compreendido que é indigno e imoral transferir rendimentos do trabalho para financiar as empresas”.

“O primeiro-ministro pode considerar-se um incompreendido. Mas, para os portugueses, o atual primeiro-ministro está cada vez mais isolado e distante do sentir das pessoas”, afiançou.