Esquerda tem sabido encontrar uma “confluência esmagadora”
Falando na Assembleia da República, Carlos César sublinhou que “desde o início da legislatura até à votação da Taxa Social Única, verificaram-se cerca de 1200 votações, entre projetos e propostas de lei e de resolução”, acentuando que “desses 1200, apenas em 133 nós votámos de forma dissonante com os partidos à nossa esquerda”.
“Não dispensamos a nossa identidade, os partidos que se envolvem no apoio ao Governo têm diferenças”, explicou o presidente da bancada socialista, acrescentando, no entanto, que existe “uma confluência esmagadora naquilo que tem sido o conjunto de decisões tomadas pelo Parlamento”.
Para o também presidente do PS, o “PSD despejou os seus princípios por um esgoto abaixo”. “Pouco lhes interessa saber o que estão a votar, desde que procurem um objetivo, que é o de evidenciar num momento ou noutro uma divergência nos partidos que apoiam o Governo. É uma triste função, essa do PSD, a de abdicar de si próprio para tentar perturbar a vida dos outros”, lamentou.
O líder parlamentar do PS sustentou ainda que “do ponto de vista externo e na sua imagem perante os portugueses”, o PSD “perde todos os dias a credibilidade e o sentido de responsabilidade”.