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Partidos lusófonos criam Plataforma

Partidos lusófonos criam Plataforma

Durante a reunião do Conselho da Internacional Socialista, em Cascais, foram alcançados alguns acordos, bem como a criação de uma Plataforma que irá seguir os ideais progressistas do desenvolvimento e da emancipação humana.

O PS, o MLSTP-PSD, o MPLA, o PAICV, o PAIGC e o PDT concordaram na necessidade de criar uma Plataforma, da qual podem ser membros instituições de qualquer natureza, desde que sigam os ideais progressistas do desenvolvimento e da emancipação humana.

O objetivo é valorizar o trabalho sobre o capital e reconhecer na cultura um instrumento de diálogo e de cooperação, que apoiem o multilateralismo e a cooperação como princípios das relações internacionais e que, explicitamente, se vinculem aos objetivos e finalidades da Plataforma.

Os partidos tencionam que esta Plataforma promova a cooperação internacional através da construção de projetos de investigação em várias áreas: ciências sociais e humanas, economia, cultura e pensamento contemporâneo, e desenvolvimento social nos domínios dos Direitos Humanos em todas as suas dimensões, ou seja, direitos civis e políticos, direitos económicos sociais e culturais, e direitos da comunidade.

Promover o mutualismo e a economia social e solidária, bem como promover a cultura e a construção da historiografia coletiva na relação entre os países da CPLP, China, Índia e outros, regiões e comunidades com relação histórica com a língua portuguesa numa abordagem pós-colonial e de cidadania global são, também, objetivos.

Através da Plataforma, os partidos pretendem contribuir para a construção de alternativas económicas e de desenvolvimento global, para a reflexão sobre novos paradigmas progressistas globais, contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, e reforçar as redes globais progressistas.

Promover a igualdade de género e a não discriminação entre homens e mulheres é um ponto reforçado.

Os socialistas pretendem, ainda, promover a educação para a cidadania e a participação na vida em sociedade, promover a inovação social, o envelhecimento ativo, o acolhimento e a integração dos imigrantes e das minorias étnicas, e a responsabilidade social das empresas e os princípios do Pacto Global das Nações Unidas.

A criação de uma rede de estruturas que partilhem os princípios e contribuam para as finalidades atrás identificadas também está planeada, bem como reforçar a presença da língua portuguesa em reuniões internacionais e aderir a organizações internacionais que partilhem os mesmos objetivos.

Para a elaboração de um plano de trabalho calendarizado, ficou a criação de uma Comissão Instaladora, composta por Filomena Martins, secretária internacional do PAICV, João Neto, responsável pelo Sector Europa (MPLA), e João Ribeiro, secretário nacional para as Relações Internacionais e Cooperação do PS.

A sede desta Plataforma será em Portugal.