Partido Socialista reuniu mais de trinta entidades do setor da Saúde

O Secretário Nacional Álvaro Beleza alertou para a necessidade de uma reforma estrutural que passe pela integração dos cuidados de saúde.

O Partido Socialista recebeu esta terça-feira na sede nacional mais de trinta entidades da saúde para “ouvir da boca de quem sabe o estado da saúde em Portugal. O PS está muito preocupado com o estado do Serviço Nacional de Saúde e dos cuidados prestados aos portugueses e o modo como estes foram afetados pelas medidas de austeridade, que têm sido aplicadas em excesso”, salientou Álvaro Beleza.

Para o Secretário Nacional, o país precisa de uma reforma estrutural, bem como necessita de integrar cuidados continuados, primários e hospitalares. “O Governo não aproveitou esta crise para fazer reformas estruturais na área da saúde”, vincou, deixando um apelo: “É preciso fazer essas reformas, que implicam coragem mas que implicam também a humildade de ouvir todos os intervenientes na área da saúde. Não é com medidas cegas e cortes que desmotivam todos, é preciso motivar os profissionais de saúde com uma gestão moderna do Serviço Nacional de Saúde, que pode ser sustentável e que esteja de acordo com as necessidades dos portugueses”.

Na reunião, em que estiveram presentes associações de doentes, associações sindicais, ordens profissionais, associações de profissionais de saúde e entidades que representam os sectores farmacêutico e indústria farmacêutica, Álvaro Beleza garantiu que “o PS tem sempre posições construtivas para melhorar os cuidados de saúde. Em muitos casos foi o PS que tomou a iniciativa e marcou a agenda mas infelizmente o Governo correspondeu pouco em termos de reformas.

“Os doentes são o centro do sistema porque o sistema nacional de saúde não é do Governo, não é dos políticos, não é dos partidos, é de todos nós”, sublinhou, garantindo que “o PS não brinca com questões do Serviço Nacional de Saúde e com a saúde dos portugueses”.

 No final da reunião, Alvaro Beleza chamou ainda a atenção para a descoordenação atualmente existente no Ministério da Saúde. De facto, o ministro da saúde, em reação ao PS, anunciou que os centros de saúde iriam alargar o horário de funcionamento ate as 22 horas mas 3 dias depois são as ARS que vêm desmentir o ministro.