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Partido Socialista condena moção de censura do CDS

Partido Socialista condena moção de censura do CDS

José Sócrates considerou, na sessão de abertura do debate da moção de censura do CDS-PP ao Governo, na Assembleia da República, que esta assenta em pressupostos políticos “falsos”, ao pretender “abusivamente” transformar as últimas eleições europeias em legislativas, e é uma iniciativa “inútil e “inconsequente”.

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Segundo o primeiro-ministro, a moção assenta num pressuposto político de “total falsidade”: “Querer retirar dos resultados das eleições para o Parlamento Europeu conclusões sobre a legitimidade do Governo nacional é pura e simplesmente desrespeitar a democracia. É um abuso e uma precipitação transformar eleições europeias em eleições legislativas. E é um abuso que raia a arrogância quando se pretende assumir, em nome do eleitorado, uma legitimidade que o eleitorado manifestamente não conferiu”, sustentou José Sócrates.

“Uma coisa é compreender os sinais dos eleitores – e eu estou bem atento a esses sinais. Outra coisa, bem diferente, é instrumentalizar os resultados, pretendendo confundir eleições europeias e eleições legislativas”, acrescentou.

Na resposta à iniciativa do partido liderado por Paulo Portas, o primeiro-ministro classificou como “politicamente sem sentido” a moção de censura ao Governo: “É uma iniciativa totalmente inútil e inconsequente: todos sabem que a legislatura está no seu termo e que muito em breve os eleitores serão chamados a pronunciar-se, então sim, sobre o futuro da governação”.

José Sócrates acrescentou que a moção “nem sequer se destina a suprir uma eventual ausência de debate político. Pelo contrário, estava justamente marcado para hoje mais um debate quinzenal, que teve de ser adiado uma semana precisamente por causa desta moção”.

O primeiro-ministro sublinhou que a preocupação do Governo “é combater a crise”, mas do lado da oposição “há uma única motivação, dizer mal do Governo, e há uma única proposta, parar o país”. “É isto, no fundo, o que a oposição propõe: que o Governo deixe de governar, deixe de ter iniciativa, e que a administração pública fique paralisada”, concluiu.