Participação cidadã III
Conceição, 69 anos, aposentada, considera que estes quatros anos de governação da direita ficam marcados pelo “desaire e insensibilidade”, considerando “fundamental” que um futuro governo dê uma particular atenção à criação de emprego e à estabilidade em termos de salários e pensões. Considera ainda que nas legislativas o PS “é a única solução que o povo português tem.
Já João, 45 anos, gestor, diz que o país se encontra num estado de “resignação e desilusão”, acrescentando que passados quatro anos de governação PSD/CDS “a maioria das pessoas continua com perspetivas de vida limitadas e incertas”. A redução significativa da dívida é, para este gestor, a “condição necessária para o país crescer no futuro”
O jovem Gonçalo, de 24 anos, estudante, considera que o país está em “liquidação total”, defendendo que o PS é “o único partido capaz de devolver esperança e o futuro aos portugueses e ao país”. Sobre um futuro Governo afirma que gostaria de ver como prioridades o investimento na Educação e Serviço Nacional de Saúde e uma melhor transição para o mercado de trabalho.
Sobre o que acham das privatizações, no quadro de uma estratégia a longo prazo para o país, Conceição e Gonçalo são contra, porque “assentes numa ideologia perversa” de “venda ao desbarato” das empresas que dão lucro. Ao contrário da reformada e do estudante ouvidos pelo nosso jornal, o gestor afirma ser-lhe “indiferente” que uma empresa seja pública ou privada, desde que “funcione bem”.
Na próxima quarta-feira, dia 8 de julho, a Assembleia da República debate o Estado da Nação. Este é o tempo para debater as opções tomadas nestes quatro anos pelo Governo PSD/CDS e uma alternativa que possa devolver a confiança aos portugueses.
Reportagem de Inês Simões