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Parque do Côa com gestão renovada e virada para o futuro

Parque do Côa com gestão renovada e virada para o futuro

O Parque Arqueológico e o Museu do Côa vão receber um novo impulso, por iniciativa do Ministério da Cultura, com a manutenção do modelo de fundação e a renovação dos seus estatutos, passando a envolver os ministérios da Ciência, Economia e Ambiente, em articulação com as autarquias da região, assim como o reforço de parcerias com a comunidade científica e académica.
Parque do Côa com gestão renovada e virada para o futuro

Luís Filipe Castro Mendes apresentou ontem, no Museu do Côa, o novo conselho diretivo da Fundação Côa Parque, agora presidido pelo historiador Bruno Navarro, e as principais linhas de política que vão orientar a revitalização de um valor patrimonial do país que esteve votado ao quase abandono nos últimos anos.

“Espero que em breve se façam sentir os efeitos de uma gestão renovada de todo este notável complexo cultural e científico, virada para o futuro e para o desenvolvimento de toda esta região”, afirmou Castro Mendes, na presença dos membros da nova direção e de anteriores responsáveis pelo Parque.

Entre as prioridades que vão marcar a renovada gestão do complexo, o ministro revelou que será escolhido – por concurso público internacional – um novo responsável científico para o museu e o parque, cabendo à nova equipa elaborar um plano de trabalho científico e de ação educativa junto dos públicos, promover a articulação com universidades e centros científicos nacionais e internacionais, assim como o desenho de planos de internacionalização e desenvolvimento do potencial turístico.

Reforçar a vigilância e segurança museológica

Luís Filipe Castro Mendes, que esteve acompanhado pela secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo, e pela presidente da comissão parlamentar de Cultura, Edite Estrela, visitou também as gravuras rupestres do Vale do Côa, onde abordou as preocupações com a segurança e preservação, anunciando que uma equipa técnica da Direção-Geral do Património Cultural irá avaliar as consequências do ato de vandalismo recentemente ocorrido.

“O objetivo é estudar eventuais medidas de conservação e restauro e, ainda, para propor, em articulação com o novo Conselho Diretivo e com o responsável científico interino, medidas preventivas tendentes a evitar, no futuro, a ocorrência de casos semelhantes”, explicou.

“A melhor prevenção será um continuado trabalho de educação ambiental e patrimonial que o Museu do Côa e o Parque Arqueológico terão de potenciar e desenvolver com os públicos e as comunidades, fazendo-as sentir, cada vez mais como seu este notável Património Nacional e Universal”, frisou Castro Caldas.

O ministro aproveitou a sessão no Museu do Côa para, na presença dos presidentes da Associação de Arqueólogos e do ICOMOS Portugal e do ex-diretor do Museu, António Martinho Baptista, elogiar também o trabalho dos arqueólogos. “São eles que salvaguardam a riqueza patrimonial dos territórios, em contacto e em articulação com as comunidades locais”, sublinhou.