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Parlamento debate alto rendimento olímpico e paraolímpico em 2016

Parlamento debate alto rendimento olímpico e paraolímpico em 2016

Uma jornada enriquecedora e gratificante sobre o desporto de alto rendimento, olímpico e paraolímpico teve lugar no Parlamento, no âmbito da Comissão de Cultura Comunicação, Juventude e Desporto.

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Parlamento debate alto rendimento olímpico e paraolímpico em 2016

Na ocasião, Edite Estrela, presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, saudou a iniciativa e, no discurso de encerramento, pontualizou os diversos assuntos abordados, sublinhando ideias e contributos deixados para reflexão e debate na casa da Democracia.

De entre os assuntos debatidos, a parlamentar do PS revisitou brevemente a história do desporto, incluindo as suas dimensões patrimonial e cultural.

“Falou-se da situação desportiva nacional. Das dificuldades vividas, sentidas e percecionadas pelos diferentes agentes desportivos”, referiu Edite Estrela, para de seguida retomar “os testemunhos dos e das atletas de alto rendimento, que são embaixadores de Portugal”, e que alertaram “para problemas nem sempre conhecidos e raramente com visibilidade pública”.

“O testemunho de uma treinadora levantou o problema das persistentes discriminações da mulher. Falou-se também dos números e estatísticos da atividade desportiva em geral e em especial dos referentes aos atletas olímpicos. Das dificuldades de acesso ao desporto de alto rendimento e dos obstáculos à conciliação entre prática desportiva e formação profissional”, referiu a deputada, sublinhando de seguida a “inegável importância das políticas públicas na promoção do desporto escolar”.

Também fez alusão ao papel das autarquias no apoio a clubes e associações e na massificação da prática desportiva, à “salutar” influência da atividade desportiva ao longo da vida, à necessidade de mobilização e valorização de todos os atores do sistema desportivo: clubes, associações, praticantes, técnicos, dirigentes e famílias.

No ponto dedicado ao financiamento do sistema desportivo, especialmente através de verbas do Orçamento do Estado, em tempos de crise, Edite Estrela expressou a convicção de que ele é sem dúvida “importante”, mas não determinante da excelência desportiva.

“O inverso também é verdadeiro. Há países com baixos índices de desenvolvimento económico e social e que, no entanto, revelam uma invejável superioridade olímpica. As medalhas são ganhas por atletas de países ricos mas também de países pobres”, explicou.

Refira-se que a conferência “Alto rendimento desportivo, projeto olímpico e paraolímpico Rio 2016 e desafios para os próximos ciclos olímpicos” contou com a participação de responsáveis do Museu Nacional do Desporto, da Confederação do Desporto de Portugal, dos presidentes dos comités olímpico e paraolímpico portugueses, bem como do Instituto Português do Desporto e Juventude.

Testemunhos foram deixados pelos atletas Arnaldo Abrantes (atletismo), David Grachat (natação), Telma Monteiro (judo), Rui Bragança (taekwondo) e Sílvia Saiote (ginástica), além, da treinadora Sameiro Araújo.