Parlamentares recordam figura por todos respeitada
“É de facto uma das figuras mais marcantes deste percurso de 40 anos de implementação e evolução da nossa democracia”, afirmou o líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, exprimindo ao PS e à família, em particular à filha, a deputada socialista Maria Antónia Almeida Santos, o pesar do grupo parlamentar do PSD.
Manifestando “grande respeito por todo o percurso do doutor Almeida Santos”, o líder parlamentar do PSD realçou as suas “qualidades de orador, de eminente jurista e também o seu trabalho como presidente da Assembleia da República”.
“Guardo dele uma imagem de grande serenidade, de grande sabedoria, de grande competência, de grande isenção no exercício da função de presidente da Assembleia da República, que muito prestigiou e dignificou o parlamento português, a vida pública e a política portuguesa”, declarou ainda Luís Montenegro.
“O homem, o político e o lutador pela liberdade e pela democracia”, foram lembrados pelo Bloco de Esquerda, pela voz do seu líder parlamentar, Pedro Filipe Soares.
“Da parte do BE, queremos associar-nos ao momento de pesar que é vivido, damos esta nota de pesar e das condolências à sua família e aos seus amigos e ao PS, lembrando o homem, o político, o lutador pela liberdade, o lutador pela democracia e o presidente da Assembleia da República, que deixou também na sua vida enquanto parlamentar uma marca bastante forte”, afirmou.
“Uma perda enorme para a democracia”, foi como o PCP classificou a morte de Almeida Santos, lembrando o seu percurso na construção da democracia e do Estado de direito.
“Foi um antifascista, designadamente pela ação que desenvolveu no grupo de democratas de Moçambique, que ele próprio dinamizou. Após o 25 de Abril, desde a primeira hora, teve um papel cimeiro na construção da democracia em Portugal, tendo tido enquanto ministro um papel muito importante no processo de descolonização, que se seguiu à revolução do 25 de Abril”, afirmou o deputado António Filipe.
O parlamentar do PCP sublinhou ainda que Almeida Santos, enquanto presidente da Assembleia da República, manteve “uma postura de grande diálogo e de grande respeito para com todos os grupos parlamentares, o que contribuiu muito para o prestígio da Assembleia da República, é o que é muito marcante relativamente ao seu próprio prestígio pessoal junto de todas as forças políticas em Portugal”, apontou.
“A democracia portuguesa fica mais pobre e perde uma das suas grandes figuras. Queremos, naturalmente, endereçar ao PS, de que era presidente honorário, as nossas sentidas condolências”, acrescentou António Filipe.
Também o CDS recordou Almeida Santos como um Presidente da Assembleia da República “respeitado pelos seus pares” e que sempre respeitou todos os grupos parlamentares.
“O dr. Almeida Santos será recordado como um Presidente da Assembleia da República que foi respeitado pelos seus pares. E independentemente das diferenças políticas claras, sempre lidou com grande cordialidade e respeito todos os Grupos Parlamentares”, refere o CDS.
“Tinha uma preocupação cuidada com a escrita política, uma inteligência por todos reconhecida e lutou com ânimo pelas suas convicções”, acrescenta o CDS, que apresenta à família, amigos e ao PS as condolências do partido.