Parceiros sociais na discussão da agenda pós 2020
O anúncio foi feito pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, no final da reunião da Comissão Permanente da Concertação Social, que teve ontem lugar em Lisboa, com a presença do primeiro-ministro, António Costa.
“Resultou desta reunião a determinação no sentido de ser criado um grupo de trabalho entre o Governo e os parceiros sociais para suportar a próxima negociação nas várias instâncias comunitárias. Num processo que é longo, que durará seguramente todo o ano de 2018 e entrará por meados de 2019, é importante aproximar o Governo e os parceiros sociais no quadro da estratégia e na participação nas negociações”, declarou Pedro Marques.
Pedro Marques acentuou que os fundos europeus, em conjugação com a orientação estratégica para a economia portuguesa na próxima década, são fatores “críticos” para construir uma linha de convergência de Portugal com a União Europeia.
“Neste momento, o essencial é passar-se de reuniões como esta, do plenário da Comissão Permanente da Concertação Social, para espaços em que seja possível articular posições em termos estratégicos para as economias portuguesa e europeia”, explicou.
“Como disse o primeiro-ministro, caso se articulem mais as nossas posições, então será mais fácil e possível que uma ação concertada das instâncias governamentais e das económico-sociais garanta que uma determinada elegibilidade seja consagrada nas próximas negociações”, acrescentou o governante.
Adiantando que as negociações com Bruxelas vão avançar de forma muito significativa ao longo do próximo ano, Pedro Marques sublinhou que a preocupação do Governo, no imediato, “é detalhar” o trabalho no que respeita à definição de objetivos estratégicos nacionais.