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Para o PS não vale tudo em política

Para o PS não vale tudo em política

João Proença, que liderou a delegação do PS presente no encerramento do congresso do CDS-PP deste fim-de-semana, afirmou que o PS não está “disponível para fechar os olhos ao respeito pela Constituição. Para o PS, respeitar a Constituição é um valor fundamental para a democracia”.
 
Reagindo aos discursos feitos pelo líder centrista, que sugeriu que o PS deveria viabilizar os planos do Governo e apelar menos ao Tribunal Constitucional, João Proença considera que Paulo Portas está já em campanha eleitoral e “pouco preocupado com a situação dramática em que vivem os portugueses, com o desemprego, com o aumento da desigualdade”. O dirigente socialista discorda também da afirmação feita por Portas de a crise política de Julho do ano passado resultou numa alteração das políticas do Governo.“Não houve nenhuma inversão de políticas”, defendeu João Proença, que destacou o “maior aumento de impostos” e o “agravamento” das taxas sobre as pensões como uma marca da governação da actual maioria. Preocupado com o entendeu serem “palavras claramente de desregulação social” ditas no congresso centrista, João Proença reforça que “para haver entendimentos é necessário haver um mínimo de consensos de base quanto às políticas e tivemos aqui algumas palavras claramente de desregulação social. Apontar claramente que a salvação da Segurança Social está em privatizar parte da segurança social em que as pessoas que têm maior valor do salário passam a descontar menos, é evidente que não aceitamos”, avisou.
 
Em resposta ao pedido feito por Paulo Portas ao PS de “pacificação em nome do interesse nacional”, a troco de alinhar com as medidas apresentadas pelo Executivo da maioria, João Proença respondeu que “para o PS não vale tudo em política. Esperar que o PS esteja disponível para fechar os olhos ao respeito pela Constituição, dizemos claramente que não. Para o PS, respeitar a Constituição é um valor fundamental para a democracia”, disse, reforçando que o PS tem “dado grande sinais de grande responsabilidade” e assumido compromissos quando “são possíveis”, como aconteceu com a reforma do IRC, onde um consenso surgiu por iniciativa dos socialistas, beneficiando claramente as pequenas e médias empresas portuguesas, responsáveis por 90% dos postos de trabalho em Portugal.