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Para o PS debate sobre o Estado da Nação é sobre o "estado dos portugueses"

Para o PS debate sobre o Estado da Nação é sobre o "estado dos portugueses"

O Partido Socialista acusou o Governo, durante o debate parlamentar sobre o Estado da Nação, de empobrecer cada vez mais o país e de aumentar o desemprego.

O líder parlamentar do PS explicou que, “para o Partido Socialista, o debate sobre o Estado da Nação é um debate sobre o estado dos portugueses, e não sobre o estado de uma nação virtual, manipulado para efeitos retóricos pelo Governo ao sabor da sua agenda política”.

Alberto Martins sublinhou que três anos e duas semanas depois de o Governo de direita ter tomado posse, o desemprego que estava nos 12,1% “está hoje próximo dos 15%”. Acrescentou que, “se somarmos os 300 mil portugueses que, desencorajados, estão fora das estatísticas oficiais do desemprego, o desemprego sobe para os 20% da população. E se contarmos os 170 mil desempregados a quem o Governo obrigou a inscrever-se num programa operacional para não perder o subsídio de desemprego, então o desemprego real (e não maquilhado pelas medidas do Governo) estará na casa dos 22,5%. Ou seja, 1 milhão e 250 mil de portugueses”.

O presidente da bancada socialista apontou, ainda, os números da emigração em Portugal, que perdeu 130 mil pessoas só em 2013, as prestações sociais, “que chegam a cada vez menos pessoas”, e as famílias em incumprimento dado que “15,4% das famílias portuguesas não conseguem cumprir a tempo os seus compromissos com as instituições de crédito”.

Alberto Martins sublinhou que o Executivo continua a “beneficiar das transformações realizadas no passado”, ou seja, “quando o Governo elogia as exportações de hoje, está simplesmente a colher os louros do trabalho realizado ao longo de outras governações, as mesmas governações que acusa de terem reduzido a competitividade da economia portuguesa”.

O líder parlamentar do PS acusou o Governo de não saber como “preparar os portugueses para a nova realidade. Quando nos diz que o pior já passou, significa que não sabe lidar com o novo normal da economia portuguesa, marcado por uma terrível estagnação”.

“O país está mais pobre, mais endividado e mais desigual, tem vindo a perder a esperança no futuro. É o estado em que este Governo deixa Portugal. É este Estado que vamos mudar”, asseverou.