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Papel dos socialistas foi crucial para manter a integridade da zona euro I

Papel dos socialistas foi crucial para manter a integridade da zona euro I

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Água vai (ser reformada)? Não vai!

O Partido Socialista congratula-se com o facto de ter sido alcançado um acordo na cimeira que teve lugar em Bruxelas, o qual permite a manutenção da Grécia como membro da zona euro.

Em declarações ao AS Digital, a vice-presidente da bancada socialista para os Assuntos Europeus, Ana Catarina Mendes, destacou que “desde a primeira hora a posição do PS foi muito clara: o objetivo essencial passava por um acordo entre as todas as partes que permitisse à Grécia continuar no euro e encetar um caminho de recuperação económica, com indicações sobre a sustentabilidade da dívida pública grega”.

Mas, este “acordo só foi possível graças ao forte empenho dos socialistas, que uniram esforços, construíram pontes e demonstraram capacidade negocial em todos os momentos”, sublinha Ana Catarina Mendes, recordando que “na última semana, o Secretário-geral do PS participou em várias reuniões de líderes do Partido Socialista Europeu e reforçou a necessidade de unidade e de um caminho alternativo, tendo contribuído para um maior empenhamento na evolução de posições da família socialista”.

“Isso permitiu ao PSE unir-se na exigência de uma solução política, evitando o aprofundamento da crise”, referiu a vice-presidente do GP/SP, acrescentando que os socialistas atuaram de acordo com aquilo que os portugueses esperam: “responsabilidade e determinação para encontrar uma solução na Europa, ao contrário do que fez o Governo que tentou colocar obstáculos sucessivos ao desfecho positivo das negociações.”

Na sua declaração, Ana Catarina Mendes salienta ainda que “os últimos acontecimentos mostram a importância da abordagem do PS, que tomou a iniciativa do documento “Um Novo Impulso para a Convergência com a UE”, a que se juntou o PSOE e que foi aprovado pelo Partido Socialista Europeu”.

“Trabalhamos para encontrar novos caminhos para o desenvolvimento no quadro da construção europeia, consolidando alianças, desenhando novas soluções: com o PS, Portugal não ficará a falar sozinho na Europa”, concluiu.

Acordo credível, durável e definitivo

A declaração da vice-presidente do GP/PS para os assuntos europeus vem na sequência do acordo alcançado em torno de um terceiro resgate a Atenas.

Em todo este processo destaca-se a posição e as iniciativas dos socialistas europeus, que desde a primeira hora advogaram um entendimento e recusaram categoricamente uma saída da Grécia da zona euro.

O Presidente francês, François Hollande teve um papel central nesta atitude conciliadora, bem como o líder dos socialistas portugueses, António Costa, que manteve sempre uma visão clara e coerente sobre o interesse nacional, a Europa e a situação na Grécia.

Desde logo António Costa teve uma participação constante e ativa em todo o processo, não poupando críticas à ação do Executivo português, que nesta crise grega preferiu ser “obstáculo” e não mediador.

O acordo, insistiu em várias ocasiões, não só resolveria a situação da Grécia mas devolveria a estabilidade que a zona euro precisa.

Recorde-se que o secretário-geral do PS participou numa “minicimeira” dos socialistas europeus que antecedeu a cimeira da zona euro sobre a Grécia, tendo sublinhado naquela ocasião a unidade da “família socialista” em torno das posições defendidas pelo Presidente francês no sentido de garantir um acordo “credível, durável e definitivo” que evitasse a saída da Grécia da zona euro.