Os sete pecados capitais
António Costa enumerou os “sete pecados capitais destes quatro anos de governação da direita”: mentira eleitoral sobre cortes nos salários e pensões; desemprego, precariedade e emigração; asfixia da classe média; aumento da pobreza e das desigualdades; abandono da prioridade ao Conhecimento, com desinvestimento na Educação, na Ciência e na Cultura; ataque aos serviços públicos – na Saúde e na Justiça – e incompetência na sua gestão; corte no Investimento público e privado em mais de 25%.
Segundo o líder do PS, “perante o fracasso que agora tenta esconder com slogans falsos ou vazios, a direita une-se numa frente comum, usando e abusando do Estado, num último e desesperado esforço de conservar o poder, em que o frenético contra relógio de privatizações denuncia a consciência que tem de que o seu tempo já se esgotou”.
Por isso, para o líder do PS, “uma coisa é certa: com quatro anos deste Governo, Portugal e os portugueses ficaram para trás”.
Agora, frisou, “chegou o tempo de afirmar uma alternativa à direita, uma alternativa de confiança, uma alternativa do PS. Alternativa, porque faz diferente. Alternativa de confiança, porque faz melhor. Alternativa, porque tem uma visão diferente do país e das pessoas. Alternativa de confiança, porque traduz essa visão em políticas realistas e em trabalho rigoroso”.
Dar aos portugueses um futuro digno e promissor
António Costa concretizou que “as marcas dessa alternativa de confiança são: só nos comprometeremos com o que temos a certeza de poder fazer. Assumir o emprego e o combate à precariedade como a causa das causas. Aumentar o rendimento disponível dos portugueses e combater as desigualdades. Apostar na inovação em contraponto ao empobrecimento. Investir na Educação, na Ciência e na Cultura como motores do desenvolvimento”.
Na sua declaração, António Costa anunciou que daqui a uma semana realiza-se o último grande debate parlamentar da Legislatura, o debate sobre o Estado da Nação, adiantando que “ao longo desta semana, alargaremos a todo o país o debate e depois expressaremos na AR a voz dos cidadãos sobre o Estado da Nação”.
Ou seja, explicou, “a voz dos que foram traídos nas promessas não cumpridas, a voz da classe média asfixiada pelo enorme aumento de impostos, a voz das famílias empobrecidas, a voz dos jovens que emigram fugindo do desemprego e dos trabalhadores angustiados pela precariedade, a voz dos cidadãos que desesperam pela deterioração dos serviços públicos na Saúde ou na Justiça, dos territórios abandonados, do futuro comprometido pelo desinvestimento na Educação, Cultura e Ciência”.
Mas também “a voz dos que viveram quatro anos em sobressalto quotidiano. A voz de todos os que a direita ignorou e ignora. A voz de todos os que se recusam à resignação e querem um futuro de esperança para Portugal e de estabilidade, previsibilidade e segurança nas suas vidas e atividades”.
Com o próximo governo do PS, frisou, “iniciaremos um novo ciclo político, económico e social no nosso país”. Adiantando que “é preciso que o país tenha estabilidade, previsibilidade e segurança. É preciso que os portugueses tenham confiança, estímulo e esperança. Com o governo do PS, daremos passos firmes, mas seguros, para dar a Portugal e aos portugueses um futuro de digno e mais promissor”.