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“Os portugueses sabem que não é o momento de arriscar em aventuras”

“Os portugueses sabem que não é o momento de arriscar em aventuras”

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Carlos Pereira destacou hoje, no Parlamento, que apesar da pandemia, “os sinais de recuperação económica são consistentes”, estando Portugal “no pelotão da frente no arranque do crescimento económico em 2021”, e garantiu que o Partido Socialista é a “única solução moderada e progressista” para trazer estabilidade ao país.

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Carlos Pereira

“A crise política que estamos a viver, obrigando o país a desviar a sua atenção no maior combate das nossas vidas, exigindo desfocar a luta que estava a ser feita em nome de uma geração, pelo controle da crise sanitária, não era incontornável e, em boa verdade, nunca deveria ter ocorrido”, salientou o socialista durante o período de declarações políticas na reunião da Comissão Permanente desta tarde.

E notou que, “apesar da complexa situação de saúde pública, os sinais de recuperação económica são consistentes. O país está no pelotão da frente no arranque do crescimento económico em 2021, a dívida pública continua a cair, o investimento público deverá acompanhar o enorme dinamismo do investimento privado, o desemprego é dos mais baixos da Europa, os rendimentos dos portugueses têm crescido e as políticas públicas tiveram efeito positivo na manutenção da capacidade produtiva e na robustez empresarial, através do reforço da sua capitalização”.

Carlos Pereira, que apontou que “Portugal, nos últimos anos, conheceu o período de maior crescimento económico desde a democracia”, frisou que “o superavit das contas públicas, a redução da dívida e as boas previsões orçamentais, que tiraram o país do procedimento de défices externos, deram o reconhecimento internacional que permitiu financiar a economia a um custo mais baixo e enfrentar os desafios da Covid-19”. “Os portugueses passaram a confiar no Governo, como aliás explicou a revista Forbes para justificar os bons resultados no combate à pandemia”, congratulou-se.

O vice-presidente da bancada socialista deixou depois a garantia de que “o PS tem orgulho num trajeto onde lutámos ao lado dos portugueses e enfrentámos a maior crise que temos memória. Neste momento, a menos de um mês de eleições, continuamos sem baixar os braços e com o mesmo sentido patriótico associamo-nos às preocupações do Senhor Presidente da República: é preciso virar a página da pandemia e é preciso estabilidade e previsibilidade”.

“O PS construiu um legado de estabilidade em torno de António Costa, minimizando arrufos constitucionais, respeitando os órgãos de soberania e partilhando decisões com o mais alto magistrado da República, sem exuberância e com elevado sentido de Estado. Com isto mostrou a relevância e a utilidade de um perfil dialogante e construtor de pontes, mas ao mesmo tempo destruidor de intrigas palacianas. O PS com António Costa derrubou muros aparentemente intransponíveis sempre por um bem maior – o bem-estar dos portugueses”, asseverou.

Portugueses sabem quem abandonou o barco à primeira oportunidade

Por sua vez, é também notória a “irresponsabilidade dos que chumbaram o Orçamento do Estado”, lamentou.

“Portugal inteiro conhece os responsáveis desta infeliz circunstância: sabem quem são os que saíram do barco à primeira oportunidade, abandonando os portugueses sem dó nem piedade, sabem quem são os que ensaiaram uma dificuldade inultrapassável para também sair e sabem os que nunca estiveram verdadeiramente com o país, mas sempre à espreita de um momento para que a instabilidade os favorecesse”, recordou.

“Hoje vale a pena lembrar que em vez de oferecer à Europa um pacote de redução de 600 milhões nas pensões dos portugueses, que aliás o atual líder da oposição [Rui Rio] chegou a afirmar, sobre a negociadora-mor desta abordagem, Maria Luís Albuquerque, que ‘se estivesse no seu lugar fazia igual ou pior’, mas, em vez disso, negociámos um Plano de Recuperação e Resiliência, assegurando os meios para defender os portugueses e potenciar a nossa capacidade produtiva”, evidenciou Carlos Pereira.

O socialista asseverou que “o país sabe que não é o momento de arriscar em aventuras” e que “os portugueses sabem que o caminho é estreito e a alternativa protagonizada pelo líder da oposição não assegura a estabilidade nem dá confiança na construção de um Portugal moderado e progressista”.

De acordo com Carlos Pereira, “Portugal enfrenta um desafio ímpar: vai a votos para eleger um Governo, mas onde o maior partido da oposição claudicou aos pés dos princípios, deixando aos portugueses o PS como a única solução moderada e progressista e com garantias de estabilidade. A única que evita riscos e aventuras e proporciona a estabilidade de quatro anos de que Portugal tanto precisa”.

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