Os portugueses é que decidem como se formam as maiorias
O secretário-geral do PS recusou hoje o tradicional conceito de “arco da governação” que exclui as forças políticas à esquerda dos socialistas.
Acompanhado pelo presidente do PS, Carlos César, pelo líder parlamentar, Ferro Rodrigues, e pelo dirigente socialista Porfírio Silva, António Costa deixou um sinal de abertura ao diálogo com o Bloco de Esquerda, recusando o conceito de “arco da governação” – um conceito “que muita gente utiliza e que até o Presidente da República utiliza”.
“O PS recusa o conceito de arco da governação, como se, por direito divino, só três partidos tivessem direito a ser partidos de Governo e que os portugueses estavam impedidos de escolher quem os governa. Em democracia todos os partidos têm a mesma legitimidade democrática, todos os partidos contam e os portugueses é que decidem como se formam as maiorias. O PS deseja ter maioria, mas fala com todas as forças políticas”, declarou o líder socialista.
Interrogado se há alguma base viável para haver uma convergência com o Bloco de Esquerda após as eleições, António Costa respondeu: “É sabido que entre o PS e o Bloco de Esquerda há pontos de vista muito diversos, mas também há matérias sobre as quais houve convergências”.
“O futuro dirá como é que as coisas se passarão. O PS não exclui ninguém do debate político, do diálogo e da participação nas soluções dos problemas do país”, frisou.