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Os partidos estão a dar uma lição de democracia

Os partidos estão a dar uma lição de democracia

Os encontros que o PS tem vindo a promover com todos os partidos representados no quadro parlamentar, com vista a encontrar uma solução estável de governabilidade, têm traduzido uma manifesta vontade comum, nomeadamente por parte dos partidos que se convenciona chamar “de protesto”, em procurar convergências, abandonando diferenças tradicionais e olhando para os interesses do país. “Os partidos estão a dar uma lição de democracia”, afirma Jorge Lacão.
Os partidos estão a dar uma lição de democracia

Participando no programa “Prós e Contras”, na RTP, o dirigente socialista sublinhou que “a esmagadora maioria” dos eleitores que se pronunciou a 4 de outubro rejeitou, de forma clara, “as políticas de austeridade que foram conduzidas pelo governo da coligação PSD/CDS nestes quatro anos”. Uma rejeição, defendeu, que legitima os partidos que recusaram essas políticas “a interpretar esse sentimento dos eleitores”, abrindo caminho “a uma possibilidade de entendimento”.

Jorge Lacão destacou que a compreensão, por todos os partidos, de que os compromissos internacionais assumidos pelo país devem ser respeitados, a par com o clima de boa fé com que as reuniões têm decorrido, permite augurar a possibilidade de um entendimento para um governo coerente e estável.

O dirigente socialista recordou ainda as palavras de António Costa na noite das eleições, quando defendeu que o PS não é um partido negativista e que “não impedirá uma solução de governo em Portugal por razões negativas”, mas que, pelo contrário, atendendo a uma base de “entendimento alternativo positivo”, um caminho que o PS “está aberto a aprofundar”.