O socialista asseverou, numa intervenção no primeiro dia de discussão na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023, que as promessas feitas aos portugueses na área do ambiente e da ação climática estão “de forma cristalina e sem nenhuma poluição” no documento, e sublinhou que essa centralidade está “expressa nos mais de cinco mil milhões de euros que traz de investimento de todos os portugueses no ecossistema”.
O Orçamento do Estado para 2023 enfrenta “os desafios que o presente nos traz no campo dos custos da energia através de um conjunto amplo de medidas mitigadoras e que cuida do futuro, apostando numa estratégia de diversificação de fontes e de fornecedores do sistema, robustecendo a resiliência de todo o sistema energético nacional”, medidas que “totalizam já 5,3 mil milhões de euros”, disse.
O também presidente da Comissão de Ambiente e Energia garantiu que “este cuidar do hoje e do amanhã – mesmo contra as vozes de Cassandra que tudo rejeitam cá dentro, mesmo o que todos celebram lá fora – continua o trabalho já feito com a aprovação, que se conseguiu em Bruxelas, do Mecanismo Ibérico, traduzindo uma poupança de 220 milhões de euros, só entre 15 de junho e 31 de agosto, através de uma redução tarifária que ultrapassa os 18%”.
Tiago Brandão Rodrigues assegurou que “apesar deste ruído”, o Governo e o PS vão “continuar a investir no futuro da transição energética, alocando-lhe mais de 2.100 milhões de euros no próximo ano”.
Neste ponto, o socialista defendeu que o Parlamento português deveria celebrar “o que Espanha e França têm celebrado sem reservas estes dias”: “Ligações energéticas por mar e ligações energéticas por terra, de gás e de eletricidade. Uma vitória inequívoca da nossa diplomacia económica, da diplomacia do Governo”.
Este Orçamento “continua a aposta na promoção do transporte coletivo”, prossegue “a promoção das energias renováveis em muitos tabuleiros”, e não aumenta o preço dos passes mensais, que foi “fortemente reduzido em 2019”, enumerou.
Para Tiago Brandão Rodrigues, “este caminho faz sentido e acrescenta novos sentidos à nossa viagem comum, uma viagem – não o esqueçamos – rumo à neutralidade carbónica que nos comprometemos a alcançar em 2050”.