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Orçamento é “filho de uma má estratégia orçamental”

Orçamento é “filho de uma má estratégia orçamental”

O deputado socialista Pedro Marques foi entrevistado pelo Diário Económico, onde defende que evitar um segundo resgate é cada vez “mais difícil” e que o país precisa de mudar a estratégia de ajustamento.

“O falhanço sucessivo nas metas do défice tem sido um dos indicadores fundamentais de confiança para o qual os mercados têm olhado. As taxas de juro não estão a evoluir de forma global favorável”, começa por explicar.

Referindo-se à sétima avaliação da troika a Portugal, Pedro Marques considera que “a antecipação para a próxima avaliação desta suposta refundação do memorando – que afinal é apenas a concretização do que o Governo combinou com a troika na quinta avaliação: o corte dos quatro mil milhões de euros – tem a ver com o facto de o Governo ter percebido que nessa altura já estará evidente a falha não só do défice, no final de 2012, como as primeiras falhas da execução orçamental de 2013 que caem nessa altura”.

“Se o Governo começasse o ano com uma falha brutal da sua estratégia orçamental e nada mudasse, não tinha condições para continuar essa estratégia”, acrescenta.

O deputado do PS reforçou a ideia de que os canais de comunicação entre o PS e o Governo “se degradaram muito”: “A situação do OE/13 é evidente e do ponto de vista do consenso político há um afastamento muito maior”.

Segundo Pedro Marques, o Orçamento do Estado Retificativo de 2012 “é o culminar disto tudo”, já que “à última hora a maioria remeteu propostas na especialidade que desvirtuam completamente o documento inicial e nas quais o PS não se revê”.

O socialista atacou este Orçamento, considerando-o “filho de uma má estratégia orçamental que ficou definida na quinta avaliação do memorando: de sobreausteridade”.

Deste modo, defende que “teríamos que deixar funcionar os estabilizadores automáticos, como referiu o FMI, o PS e o Presidente da República. A questão do mais tempo é isso e significaria um objetivo orçamental mais alto”.

Leia aqui a entrevista.