Após lembrar que “o lugar certo para discutir o Orçamento da Região é na Assembleia Legislativa”, Cafôfo confirmou que o Partido Socialista não irá participar em reuniões de negociação com o executivo chefiado por Miguel Albuquerque, continuando a assumir-se como a verdadeira alternativa de mudança na Região.
“É no palco parlamentar que queremos debater o documento”, reafirmou o presidente do PS/Madeira, avisando que cabe aos partidos que viabilizaram a atual governação regional tratar agora da aprovação da proposta orçamental em apreço.
Na mesma linha das posições que tem vindo a assumir, o também líder parlamentar dos socialistas madeirenses lembrou que a bancada do PS não votou favoravelmente o Programa de Governo nem dera o voto de confiança a Miguel Albuquerque nem ao PSD.
E “não o fizemos só por causa dos processos judiciais em curso e que envolvem grande parte dos membros do executivo”, clarificou o dirigente socialista, vincando que “esse mesmo programa não apresenta as medidas que se impõem para resolver os problemas dos madeirenses e porto-santenses”.
Paulo Cafôfo recordou também que, aquando da discussão do Orçamento Regional para 2024, o PS optou pela abstenção na votação na generalidade, apresentando propostas de alteração e dando o benefício da dúvida ao PSD para que as acolhesse, “mas todas elas foram chumbadas”, ficando assim claro que “o PSD nunca quis saber do PS”.
Perante este historial, o presidente do PS/Madeira considerou que “se o Governo Regional está agora aflito, tem de se entender com os partidos com os quais fez acordos e negociou a integração de propostas no Programa de Governo”.
“Esses partidos é que têm de aprovar o Orçamento”, pontualizou, enfatizando não estar com isto a fugir ao debate parlamentar.
Até porque, indicou de seguida, foi precisamente por ter entendido que o documento previsional devia ser debatido que os deputados socialistas deram a oportunidade ao PSD e aos partidos que viabilizaram o Programa de Governo de o aprovarem.
“São esses partidos que têm hoje essa responsabilidade”, insistiu, voltando a deixar bem vincada a decisão do PS de votar favoravelmente a moção de censura ao Governo de Miguel Albuquerque, cuja discussão está agendada para o próximo dia 17.