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Opinião: O Governo um ano depois

Opinião: O Governo um ano depois

Faz agora um ano que se iniciou um novo ciclo político. Um ano marcado com a mudança de Governo e de Presidente da República, pelo reforço da confiança nas instituições e por um progressivo alinhamento entre a vontade dos portugueses e as políticas seguidas pelo Governo ou a ação do Presidente da República.

Há um ano, o resultado das eleições legislativas deixou clara a existência de duas grandes maiorias no País. Não sendo o PS o partido mais votado, seis em cada dez portugueses votaram pela rejeição das políticas que vinham sendo seguidas pelo Governo anterior. Mas uma maioria ainda maior, 8 em cada 10, deixou claro que pretendia continuar de corpo e alma o projeto europeu. Como compatibilizar estas duas maiorias que pareciam inconciliáveis?

O PS era o único partido que estava nas duas maiorias e que, portanto, seria incontornável para encontrar uma solução de Governo. António Costa, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins tiveram o rasgo de tentar uma inédita solução política. Hoje há um alinhamento maior entre o sentimento dos portugueses e as políticas seguidas. Mais de 60% dos portugueses, indicam-nos as sondagens, continuam a rever-se nos partidos que suportam o Governo. António Costa tem tido o mérito de conseguir o que muitos diziam impossível: uma verdadeira quadratura do círculo, e o Governo tem cumprido as suas promessas e os compromissos com Bruxelas.

Esta nova realidade sente-se, também, em factos como as leis deixarem de esbarrar sistematicamente no Tribunal Constitucional ou pela forma tranquila como começou o ano letivo. Importa também realçar a importância do papel do Presidente da República nesta normalização do clima político e social.

A política de recuperação de rendimentos das famílias está em curso. Respira-se hoje um ambiente de menor sobressalto e de maior normalidade nos serviços públicos de saúde e de educação. Atacou-se com urgência os problemas urgentes. Os números da execução orçamental no primeiro semestre são positivos, caindo assim o mito de que não era possível reduzir o défice sem cortar nos salários e nas pensões. Chegados aqui, é tempo de uma nova mobilização reformista. Pelo Investimento, emprego e coesão.

O regresso do Caleidoscópio

A inauguração do novo Caleidoscópio é um momento especial para a Universidade de Lisboa, para os milhares de estudantes da capital e para a cidade, que assim recupera um espaço emblemático. Destinado sobretudo aos estudantes, abre as portas a toda a comunidade académica da cidade. Aberto 24 horas por dia, todos os dias do ano, serve assim como espaço para o estudo e o trabalho dos estudantes.

O projeto do novo Caleidoscópio teve ainda o cuidado de respeitar a arquitetura do edifício original, projetado em 1971 pelo arquiteto Nuno San Payo, tendo sido alvo de uma profunda requalificação no seu interior. Os estudantes vão ali encontrar uma sala de estudo com 175 lugares, uma área de exposições de 140 metros quadrados e um anfiteatro com 72 lugares, além de rede wi-fi e dos equipamentos de impressão. Inserido no projeto mais vasto de requalificação do Jardim do Campo Grande, o espaço Caleidoscópio vem reforçar o lugar de Lisboa como capital universitária, boa para viver e para visitar mas também para estudar.

(in Correio da Manhã)