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ONU: “Eleição de Portugal confirma a influência e prestígio do país”

ONU: “Eleição de Portugal confirma a influência e prestígio do país”

Depois do anuncio da entrada de Portugal na ONU, José Sócrates congratulou-se com esta eleição: “esta eleição de Portugal confirma a influência e prestígio do país. A nossa vitória espelha a satisfação e prestígio perante a Europa. Estava confioante de que iríamos conseguir.”

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O Conselho de Segurança da ONU, para o qual Portugal foi hoje eleito para um mandato de dois anos como membro não permanente, é o órgão responsável pela manutenção da paz e da segurança internacionais.
O Conselho de Segurança (CS) é composto por quinze membros: cinco permanentes com direito de veto – China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia – e dez não-permanentes.
José Sócrates considerou que a eleição de Portugal para o Conselho de Segurança da ONU é um momento de “afirmação e êxito” para a diplomacia portuguesa, inserindo-se num “ciclo de reforço” da sua influência no plano internacional.
Numa declaração na residência oficial com o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Sócrates fez questão de felicitar Luís Amado e a equipa do seu ministério “e todos os diplomatas que ao longo de todos estes anos se envolveram nesta campanha de afirmação do país nesta eleição”.
“Saúdo aqueles que estão neste momento em Nova Iorque a acompanhar a votação, o nosso representante permanente junto das Nações Unidas, embaixador Morais Cabral, e também o secretário de Estado Cravinho, que acompanhou as votações”, referiu, estendendo a felicitação aos outros membros eleitos hoje para o Conselho de Segurança: Alemanha, Colômbia, África do Sul e Índia.
Luís Amado salientou o “resultado muito expressivo” da eleição de Portugal para o Conselho de Segurança da ONU numa corrida “muito disputada”, em que a diplomacia portuguesa trabalhou “até ao último dia”.
“Esta eleição foi muito disputada, nós estávamos a competir com dois dos principais, se não, neste momento, com os principais atores internacionais do grupo ocidental das Nações Unidas, a Alemanha e o Canadá”, assinalou Luís Amado.
“A partir do momento em que conseguimos garantir uma liderança em relação ao Canadá para a segunda volta, eu tive a esperança de que numa das voltas seguintes nós poderíamos ter o apoio da maioria dos membros do Conselho, os dois terços necessários, e acabámos por ter 150 votos, um resultado muito expressivo, que revela bem que Portugal é hoje um país respeitado, com credibilidade na cena internacional”, acrescentou.
Luís Amado afirmou também que esta foi uma campanha “disputada até ao fim” e “até ao último dia”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros lembrou ainda que “a projeção que o país tem em termos internacionais é um instrumento muito importante para a afirmação dos seus interesses e para resolvermos também muitos problemas”.
Esta será a terceira vez que Portugal tem assento no CS, depois de ter sido eleito para os biénios de 1979-80 e de 1997-98.