Falando numa iniciativa do PS dedicada à apresentação da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2024, um périplo que está a correr todo o país, o primeiro-ministro e líder socialista iniciou a sua intervenção neste encontro voltando a criticar as velhas teses da direita de que as políticas socialistas levariam a Segurança Social à falência, uma ideia que António Costa garantiu ter rebatido “desde o momento em que o PS chegou ao Governo em 2015”.
Não é insistindo em salários baixos, disse o líder socialista, nem tão pouco a apontar o dedo ao que a direita designa por “peste grisalha” e diz “ameaçar as novas gerações”, que se cria mais e melhor emprego, “como sucede hoje”, e se fortalecem as receitas da Segurança Social.
Ao contrário do prognóstico da direita anunciado logo em 2015, referiu ainda António Costa, que falava também para uma plateia de mais de duas centenas de jovens socialistas reunidos num Fórum sobre a Europa, em Alvor, concelho de Portimão, a Segurança Social não só não faliu como tem vindo, ano após ano, “a aumentar as prestações sociais e a repor todas as pensões”.
Dar conta de que a Segurança Social se encontra de boa saúde, realçou o primeiro-ministro, é uma das “boas notícias” que o Governo tem para dar às novas gerações, e também a forma mais adequada para desmentir a direita quando insiste em querer convencer os mais novos que os mais velhos “iam gastar todo o dinheiro que há na Segurança Social e que nada sobraria para os mais jovens”.
De acordo com o líder socialista, esta ideia peregrina da direita esbarra com a realidade quando nos lembramos, como salientou, que nem “os nossos avós, nem os nossos pais foram ou são uma ameaça para nós”, a geração que hoje está no ativo e a descontar para a Segurança Social, defendendo que o importante é não deixar nunca desatar o nó da solidariedade.
Reforço do investimento
Quanto à proposta orçamental do Governo para 2024, o primeiro-ministro garantiu que se trata de um documento no qual, de forma clara, não só se “reforça o investimento, como os rendimentos”, encarando e “protegendo o futuro de várias maneiras”. Lembrou ainda que o país hoje é muito diferente do que era em 1995, quando o também socialista António Guterres “fez na altura uma forte aposta na educação”.
Uma paixão, como recordou, que já “deu frutos”, referindo a este propósito e entre outros números, que a taxa de abandono escolar “desceu de 44% na altura para os atuais 6%”.