“Este caminho faz-se com investimento e determinação”, apontou o governante, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), na passada sexta-feira, acrescentando que “fazemo-lo porque estamos a combater desigualdades, a preparar o futuro, a fazer o país avançar”.
Na sua intervenção, o ministro realçou que “o principal desafio” a vencer continua a ser “o fosso entre os alunos oriundos de contextos socioeconómicos mais desfavorecidos e os mais privilegiados”, razão pela qual se mantém como prioridade do executivo, presente no orçamento para o presente ano, o reforço dos apoios no âmbito da educação inclusiva e da ação social escolar.
João Costa destacou ainda que “este é o orçamento que concretiza o Plano de Recuperação das Aprendizagens 21|23 Escola+”, alocando mais recursos humanos às escolas, “com a disponibilização do equivalente a 3.000 horários docentes em apoios tutoriais”, e “na contratação de cerca de 1.100 técnicos especializados para a implementação dos Planos de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário”.
“A transição digital na educação avança, depois da disponibilização de equipamentos informáticos a todos os alunos, com o reforço da capacidade e velocidade da internet das escolas, com a progressiva transição para manuais digitais, com a produção de recursos educativos digitais, com a desmaterialização de provas e exames, com a instalação de 1.300 laboratórios digitais e o alargamento da rede de clubes ciência viva para fomentar o ensino experimental das ciências”, salientou também o ministro.
No que se refere ao quadro docente, João Costa lembrou que o Governo irá iniciar o processo da concertação para a definição de “um modelo de recrutamento que fixe os professores a quadros de escola e de agrupamento mais cedo e de forma permanente, com o objetivo de eliminar o eterno ‘casa às costas’”, permitindo, assim, que haja “previsibilidade e capacidade de ajustamento da vida pessoal”.
Em relação ao ensino profissional, o ministro frisou que este é “um dos melhores contributos do sistema educativo para a qualificação e recuperação do país”, assegurando que o Governo irá prosseguir o investimento e a valorização desta via.
Por isso, concretizou, “o Orçamento do Estado prevê o início da instalação de 365 centros tecnológicos especializados, através dos quais cursos profissionais nas áreas da indústria, da informática, das energias renováveis e do digital serão equipados e infraestruturados, num processo de mais acelerada adequação da oferta educativa às necessidades da economia”.
“Uma sociedade que não valoriza o conhecimento desiste de si própria”, concluiu João Costa.