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“OE2020 provoca dor de barriga à direita”

“OE2020 provoca dor de barriga à direita”

“Expectativa positiva moderada” à esquerda e “dor de barriga” à direita, são os efeitos da proposta de Orçamento do Estado para 2020 entregue pelo Governo na Assembleia da República, considera o Secretário-geral adjunto do PS.
“OE2020 provoca dor de barriga à direita”

José Luís Carneiro assinala ser “evidente que todos reconhecem que se trata de manter, de aprofundar e de desenvolver um caminho que foi sendo percorrido ao longo da anterior legislatura, no sentido da reposição de rendimentos, de melhoria das condições de vida, de valorização dos serviços públicos, de criação de confiança no Estado, nas pessoas e na sociedade”.

Numa declaração à imprensa na sede do PS, na quarta-feira, o Secretário-geral adjunto analisou as reações dos partidos políticos ao documento, dando nota de que “à esquerda são reações que dão conta de estarem a fazer um compasso de espera, com uma expectativa positiva moderada”. Por outro lado, o número dois do PS observa que “se sente alguma dor de barriga pelo facto de se ver que o Partido Socialista está a alcançar aquilo que a direita nunca conseguiu fazer, que é conseguir compatibilizar a justiça social, o equilíbrio social, a harmonia, a coesão social económica e territorial com a competitividade da economia, mantendo contas certas”.

PSD deve explicar as suas contradições ao país

José Luís Carneiro criticou especificamente a reação do PSD, explicando que “o mesmo partido que exige mais investimento público na qualificação dos serviços públicos”, agora “vem exigir redução dos impostos”. Nesse sentido, o Secretário-geral adjunto do PS convidou o líder do PSD, Rui Rio, a “explicar ao país como é que, simultaneamente, apresenta, de uma forma consecutiva, propostas que aumentam a despesa pública, e ao mesmo tempo interpela o Governo no sentido de afirmarem que o OE devia reduzir de uma forma significativa os impostos”.

Desde o aumento do investimento na saúde, à resposta aos desafios ambientais, passando pelo combate à pobreza, o socialista elencou uma série de medidas incluídas no documento, assinalando que “quando o Orçamento do Estado apresenta propostas para aumentar o rendimento das famílias, nomeadamente em termos de abono para as crianças entre os quatro e os seis anos”, está a “corresponder a marcas que são marcas muito claras de esquerda”.