OE2017: Mário Centeno destaca “sucessos acumulados” e critica os “embustes” deixados
Mário Centeno afirmou hoje que o Governo tem “acumulado sucessos”, do fim do processo das sanções ao crescimento económico no terceiro trimestre, e criticou os “vários embustes” deixados pelo anterior executivo.
No discurso de abertura da audição de hoje na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, Mário Centeno optou por fazer um balanço do primeiro ano da governação socialista, com o apoio do PCP e BE no parlamento, destacando que se têm vindo “a acumular sucessos na defesa da posição e dos interesses nacionais, retirando do horizonte as sanções e o congelamento de fundos”.
Lembrando o momento em que tomou posse, o ministro disse que o Governo deparou-se com “um conjunto de situações cuja resolução se mostrou urgente”, afirmando que “a saída limpa era ainda pequena. Um relógio em conta atrás, feito de embustes, bem maiores afinal do que o da devolução da sobretaxa. Quase tudo estava por fazer”.
Nesse sentido, o governante enumerou algumas das medidas tomadas no último ano e concluiu que “a estratégia desenhada para o país tem-se confirmado e foi reforçada pelos dados divulgados pelo INE relativamente ao terceiro trimestre”.
Mário Centeno lembrou que os números do crescimento no terceiro trimestre divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística: de 0,8% em cadeia e 1,6% em termos homólogos.
“A nossa estratégia de crescimento económico assentou primeiramente na melhoria do mercado de trabalho com resultados já visíveis, refletindo-se, como temos defendido até aqui, na aceleração do crescimento económico, que se tornou por demais evidente no terceiro trimestre deste ano. O diabo veste PIB”, afirmou.
O ministro considerou ainda que foi “a confiança dos parceiros europeus no trabalho desenvolvido por este Governo que permitiu a validação do Orçamento pela Comissão Europeia”.
Nesse sentido, Mário Centeno considerou que a proposta do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) é apresentada com “confiança reformada”, reiterando que será possível cumprir as metas, atingindo um défice abaixo de 2,5% este ano.