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OE 2017 vai contemplar aumento das pensões mais baixas e do salário mínimo

OE 2017 vai contemplar aumento das pensões mais baixas e do salário mínimo

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou ontem a vontade de proceder a um aumento das pensões, sobretudo as mais baixas, no Orçamento do Estado para 2017, assim como do salário mínimo nacional, que atingirá os 600 euros no final da legislatura.

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Descentralizar competências é a forma mais eficaz de responder aos problemas das populações

António Costa falava aos jornalistas durante a sua visita à Bienal de Artes de São Paulo, no Parque Ibirapuera, tendo sublinhado que “há uma partilha em torno da estratégia e do objetivo de reposição e de recuperação dos rendimentos das famílias”.

“Neste Orçamento do Estado para 2017 temos uma grande vontade de darmos um contributo para que, pelo menos as pensões mais baixas, possam ter um aumento. Chegaremos certamente a um valor que seja o possível, o mais próximo possível daquilo que é desejável para as famílias portuguesas e que nos permita ter não só um Orçamento do Estado para 2017 aprovado, mas também executado, cumprido e sem sobressaltos para a economia e para as finanças públicas”, declarou.

Já quanto ao aumento do salário mínimo nacional, António Costa demarcou-se da proposta de aumento imediato em 2017 para os 600 euros mensais, lembrando que “o que está previsto é chegar-se aos 600 euros no final da legislatura”.

O “esgotamento” de Passos Coelho

Já no final do primeiro de quatro dias de visita ao Brasil, o primeiro-ministro desvalorizou a acusação feita pelo presidente do PSD de “esgotamento” sobre o seu Governo, sublinhando que Passos Coelho fez já “pela 23ª vez” esse tipo de declarações.

António Costa falava aos jornalistas depois de confrontado com as críticas feitas pelo presidente do PSD ao Governo no passado domingo, considerando-o “esgotado”.

“Creio bem que deve ser a 23ª vez que ele [Passos Coelho] disse essa frase bastante original. Portanto, em matéria de esgotamento, creio que estamos entendidos”, disse.

Questionado sobre a situação de dificuldades financeiras comuns ao Brasil e a Portugal, António Costa defendeu que “a melhor forma de sair da crise é investindo”, acrescentando que “não são as crises que nos podem assustar, mas, pelo contrário, têm de nos motivar para trabalhar melhor”.