OCDE reconhece que prioridades do governo são adequadas
Há duas áreas fundamentais, investimento e qualificação das pessoas, onde a OCDE coincide na análise do Governo português, disse o ministro das Finanças, Mário Centeno, hoje em Lisboa, na apresentação do relatório económico da OCDE sobre Portugal
Salientando o “perfeito alinhamento” entre duas das áreas eleitas pela OCDE, investimento e qualificação das pessoas e o Programa Nacional de Reformas, o ministro das Finanças congratulou-se com a posição da organização internacional, reafirmando que são áreas onde o Governo português assume tratar-se de um “desígnio nacional”.
Lembrando que é na qualificação das pessoas e no “aumento da competitividade” da economia portuguesa que se encontra a “chave para o sucesso” de Portugal, Mário Centeno garantiu que os desafios lançados pelo Programa Nacional de Reformas “exigem respostas”, tanto no imediato como “sustentadas no tempo”, garantindo que é isto mesmo que o Governo está a fazer, ou seja, “atua no imediato a pensar no futuro”.
O ministro das Finanças lembra ainda que a OCDE apela no seu relatório a um “esforço orçamental”, que não coloque todavia em causa, como refere, a retoma da economia, concordando que a abordagem do Governo português, liderado pelo primeiro-ministro, António Costa, está a ser a “mais correta”, como aliás fica provado, sublinhou Mário Centeno, com o défice de 2016 a ficar claramente abaixo dos 2,3% e o saldo primário acima dos 2%.
O ministro ressalvou ainda que estes resultados “não são um fim em si mesmo”, mas apenas um meio que “nos permite reforçar a credibilidade e a capacidade” para alcançar os objetivos para 2017, congratulando-se que a OCDE reconheça que a economia portuguesa está a recuperar, realçando Mário Centeno, a este propósito, que Portugal foi dos países da zona euro que mais cresceu no 3º trimestre de 2016, sendo agora preciso, como sustentou, “reforçar essa tendência” lembrando que os dados do 4º trimestre “aí estão para o comprovar”.
O governante assinala também como uma boa notícia a descida acentuada do desemprego ao longo de 2016, “uma das maiores descidas no desemprego na Europa”, com a taxa a ficar no limiar dos 10%, havendo também uma redução do desemprego jovem, “sem paralelo noutros mercados”, com uma queda de quatro pontos percentuais no último ano, “superior à registada em Espanha”.
Reagindo aos desafios lançados pela OCDE para que o tecido empresarial português se “consolide e torne mais competitivo”, Mário Centeno garante que o Governo se tem “empenhado neste desígnio” quer através de programas como o Capitalizar, quer através do Portugal – Indústria 4.0, quer ainda do programa Simplex+, “pioneiro na modernização administrativa”, uma iniciativa, lembra o ministro, que está a “facilitar a vida quer às famílias, quer às empresas”, constituindo já um “exemplo de boa gestão para a OCDE”.
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