O rigor de uma alternativa clara
O Partido Socialista voltou a inovar com o método escolhido para a elaboração do programa com que se apresentará aos portugueses nas próximas eleições. Recorrendo ao saber dos especialistas, como na elaboração deste documento, e à participação de todos os cidadãos, seja através do envio de propostas, seja através da sua votação nas plataformas do Gabinete de Estudos. As propostas com que o PS se sujeitará à escolha dos portugueses são balizadas por estes dois princípios: saber e participação. E os portugueses sabem que o programa que o PS apresentará a 6 de Junho foi testado, foi medido e foi avaliado, com rigor, e que tudo o que nele conste seja exequível e seja executado. “Palavra dada é palavra honrada”, tem sublinhado António Costa.
A direita portuguesa, para além de considerar que tem uma espécie de Direito Natural a governar, gosta de invocar como seu o exclusivo do rigor. Mas como disse o Secretário-geral no seu discurso na Festa da Democracia, o PS não teme a comparação. A comparação, por exemplo, entre a governação socialista dos Açores e a governação do PPD-PSD na Madeira. A comparação da Câmara de Lisboa, onde a gestão de António Costa, diminui a dívida em 40%, e a do país, onde o Governo da direita aumentou a dívida em mais de 18%, apesar de todos os sacrifícios impostos aos cidadãos. Sem esquecer que foram governos do PS que, por duas vezes, souberam tirar o país da bancarrota ou que o recorde do menor défice da democracia portuguesa pertence a um governo do PS. Estamos, pois, conversados em matéria de rigor.
Os portugueses sabem agora – e saberão cada vez mais com maior clareza – que há um caminho diferente, uma alternativa que é protagonizada pelo PS. Uma alternativa sólida, válida, rigorosa.
PS – O PSD colocou o deputado Matos Correia a comentar o documento apresentado pelos economistas (só para que se saiba, são 90 páginas), menos de 5 minutos depois da sua apresentação. O texto do comentário – cheio dos clichés do costume – foi, obviamente, escrito na véspera e seria sempre o mesmo fosse qual fosse o documento. Eis um bom exemplo do “rigor” e da “maneira séria” de fazer política… Desse “rigor” e dessa “seriedade” podem mesmo ficar com o exclusivo!
Duarte Moral