O regresso
Sobretudo o tempo é de balanço e reflexão. Ao PS as coisas estiveram longe de correr bem. Incêndios devastadores, participação olímpica abaixo do esperado, para além das sequelas dos bónus de viagens, a novela eterna da Caixa. Qualquer destes eventos desfavoráveis abate o mais afoito. Fugindo, quase sempre à análise serena, os diversos comentadores, quando se coibiam de discutir o fundo, argumentavam com a política comunicacional. É tão fácil e tão à mão que este vosso escriba se serviu do expediente. Claro que várias vozes responsáveis e nem sempre bem afinadas deram razão à protérvia. Pouco interessa a forma de comunicar, o que interessa é a mensagem e os factos por detrás dela. Ora os factos nem sempre foram abonatórios. E se os estragos não foram maiores tal deveu-se quase sempre aos deméritos da Oposição que muito ajudou.
Mas não basta. Ninguém faz carreira por cima do mal dos outros. É necessário parar para pensar. Analisar factos, reações e comportamentos. Ver o que correu mal e como tal se deve corrigir. Não é desdouro para ninguém. A política também se aprende. Um retiro de fim de semana faz a catarse e carrega baterias.