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“O que o país precisa é que todas as lideranças políticas se concentrem na defesa dos …

“O que o país precisa é que todas as lideranças políticas se concentrem na defesa dos …

O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou hoje que antes das eleições “não se negoceiam” nem se “prometem” lugares, numa referência à candidatura de Fernando Nobre pelo PSD, considerando que denota “arrogância democrática”.

 

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“Antes do povo falar, antes de haver eleições, não se negoceiam lugares desses, nem se prometem lugares desses. Isso é anteciparmo-nos a uma escolha e uma antecipação a uma escolha não tem nada a ver com humildade democrática, tem a ver justamente com arrogância democrática”, afirmou José Sócrates.
Para Sócrates, falar de lugares antes das eleições legislativas e antes dos deputados elegerem o presidente da Assembleia, revela “soberba”, uma atitude “que aqueles que gostam da democracia não gostam de ver em nenhum comportamento político”.
“Os cabeças-de-lista do PS são apenas candidatos a deputados, nenhum deles é candidato à presidência da Assembleia da República”, disse José Sócrates.
A comissão nacional, que decorreu num hotel de Lisboa, elegeu a comissão política do partido e discutiu os cabeças de lista às eleições legislativas de 5 de junho, que serão anunciados no final. As listas completas de candidatos a deputados serão depois aprovadas na quarta-feira pela comissão política socialista.
“Os candidatos a deputados pelo Partido Socialista serão isso mesmo, candidatos a deputados, e exercerão o cargo qual quer que venha a ser o resultado das eleições e qualquer que seja cargo para que sejam escolhidos na Assembleia da República”, defendeu o líder socialista.
O secretário-geral do PS disse ainda, que o país precisa de lideranças políticas concentradas nas negociações do pedido de assistência financeira, apelando à “responsabilidade” do PSD, para pôr de lado a “ânsia pelo poder” e a “disputa eleitoral”.
“O que o país precisa é que todas as lideranças políticas se concentrem na defesa dos interesses de Portugal nesta negociação tão exigente”, afirmou o líder socialista, José Sócrates.
 “O que eu espero, o que eu espero sinceramente é que aqueles que de forma irresponsável sabotaram, puseram em causa uma solução mais favorável para Portugal e fizeram-no apenas por calculismo político não voltem a comportar-se da mesma forma agora que o país está a negociar com as instâncias internacionais, numa negociação, como é sabido, muito difícil”, sustentou.
Segundo José Sócrates, “o país exige neste momento responsabilidade e concentração naquilo que deve ser uma negociação à altura da circunstância”.
“Ponhamos, portanto, de lado quer a ânsia pelo poder, quer a disputa eleitoral, naquilo que é o objetivo absolutamente essencial, uma boa negociação”, disse, argumentando que “aproveitar este período de negociação para tentar ganhar dividendos políticos isso é tudo o que o país não precisa”.
“Esses que apenas querem fazer da guerrilha política ao Governo o seu objetivo verdadeiramente não estão a pensar em Portugal, estão a pensar apenas em eleições”, disse.
Além de o Governo ter assumido a “liderança da negociação com as instituições internacionais”, afirmou o secretário-geral do PS, “definiu um modelo de acompanhamento e de informação aos partidos políticos e às instituições políticas”.
“Todos precisam de acompanhar as negociações porque este é o momento em que o país reclama de todas as lideranças políticas o mínimo de responsabilidade, para que possa haver uma unidade nacional na negociação com as instâncias internacionais”, declarou.