home

“O que o país exige aos responsáveis políticos é a capacidade de concentração, de …

“O que o país exige aos responsáveis políticos é a capacidade de concentração, de …

O porta-voz do PS, Fernando Medina, considerou que num Estado de direito, todos estão sujeitos às regras e a cumpri-las, “mas num Estado de direito, também, a responsabilização pelas decisões e pelos actos políticos é feita pelos cidadãos, não é feita pelos tribunais”.

Ver vídeo…

Fernando Medina considerou “irreflectida e imponderada” a afirmação do líder maior partido da oposição, em que defende a responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelos maus resultados da economia do país.
Em declarações hoje à Lusa, na sede do PS no Largo do Rato, Fernando Medina considerou que foi “uma afirmação irreflectida e imponderada por parte do líder do PSD”, afirmando que não pode “crer que um líder de um partido como o PSD com responsabilidades na Constituição e no Estado democrático possa convictamente ter afirmado algo dessa natureza”.
Num Estado de direito, todos estão sujeitos às regras e a cumpri-las, “mas num Estado de direito, também, a responsabilização pelas decisões e pelos atos políticos é feita pelos cidadãos, não é feita pelos tribunais”, disse.
“Um partido como o PSD que tem centenas, milhares de dirigentes que ocuparam e ocupam funções de responsabilidade pública a todos os níveis – no governo, nas autarquias, nos governos regionais – deveria sabê-lo muito bem para que não houvesse confusão nenhuma nesta matéria”, sustentou.
Por outro lado, é “uma declaração inoportuna”, disse, argumentando: “Neste momento, o que o país exige aos responsáveis políticos é a capacidade de concentração, de ponderação, de união em torno daquilo que é essencial”.
E essencial, explicou, é “combater a crise económica e apoiar o país encontrando as soluções possíveis para ajudar mais rapidamente a sair desta crise”.
“Por isso, neste momento, tão exigente para todos, compreendemos mal que se lancem para a agenda política temas tão marginais e de forma tão irreflectida cedendo, naturalmente, a cedências populistas, que rejeitamos mas que de forma nenhuma ajudam ao essencial que é resolver e ultrapassarmos os problemas com que estamos confrontados”, sublinhou.
O porta-voz do PS afirmou ainda, que “o Governo está totalmente empenhado em cumprir o Orçamento do Estado para 2011 com máximo rigor, máxima determinação para conseguirmos cumprir os nossos objectivos tão exigentes em matéria de consolidação orçamental.