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O que o Governo quer fazer na RTP é de uma gravidade tremenda

O que o Governo quer fazer na RTP é de uma gravidade tremenda

O Secretário-Geral do PS afirmou ontem, na entrevista à TVI/CNN, que o plano anunciado pelo Governo de retirar à RTP a fonte de receita proveniente da publicidade “é de uma gravidade tremenda”, pondo em risco o canal público de televisão, assim como o seu papel determinante de assegurar a pluralidade política em Portugal.

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“O que o Governo quer fazer na RTP é de uma gravidade tremenda, porque é uma mudança importante no regime comunicacional que temos no país”, começou por apontar Pedro Nuno Santos, sublinhando que a publicidade “é uma fonte de receita pública”.

Para o líder socialista, o plano do Governo só poderá ter um de dois objetivos: “ou forçar uma privatização a prazo da RTP, ou condená-la à irrelevância”.

Ou “então a razão é pior”. “É apenas asfixiar a RTP, que tem um papel determinante de assegurar a pluralidade política em Portugal, mais do que faz a SIC e mais do que faz também a TVI”, disse.

A este propósito, o líder do PS não deixou de observar a desigualdade de representação, entre os vários quadrantes partidários, no debate político televisivo. “E depois temos também esta particularidade de, aos domingos à noite, na SIC e na TVI, duas altas personalidades da direita a comentarem sem contraditório”, acrescentou.

Por isso, sustentou, “este debate é muito importante para a qualidade da nossa democracia”.

O Secretário-Geral socialista não deixou também passar em claro as declarações do primeiro-ministro sobre a forma como os jornalistas “se devem comportar”, considerando que as mesmas são graves e reveladoras, pela forma como foram acomodadas, “do grau de tolerância que este Governo tem”.

“As coisas que o primeiro-ministro disse, sobre a forma como os jornalistas se comportam, é de uma gravidade tal que não pode passar como acabou por passar”, observou.

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