“O PS nunca cedeu a nenhum interesse particular ou corporativo”
José Sócrates afirmou, no jantar comício de arranque da campanha eleitoral do PS, no Parque das Nações, que o “melhor” deste Governo foi nunca ceder a interesses particulares, num discurso em que se colocou como reformista em alternativa ao “negativismo da direita” e ao “aventureirismo extremista”.
O secretário-geral socialista afirmou que “o melhor que o PS fez foi nunca ceder a nenhum interesse particular ou corporativo, defendendo antes o interesse geral” e lembrou as medidas tomadas pelo seu executivo para o sector da educação, frisando que é na escola que começa a igualdade de oportunidades: “não queremos um sistema que alimente o privado. Queremos uma escola pública, uma boa escola pública”.
O líder socialista atacou as propostas do Bloco de Esquerda para a nacionalização da banca, dos seguros e da energia, assim como a intenção de acabar com os benefícios fiscais dos planos poupança reforma e com as deduções na saúde e na educação: “há alguns que acham que estes tempos difíceis são os propícios para avançarem com propostas radicais, mas é exactamente o contrário, porque estes tempos são de exigência. Exige-se ao país e ao Governo propostas realistas, razoáveis e políticas responsáveis”.
Para José Sócrates, a alternativa para o país encontra-se entre as opções da “direita” e da “esquerda radical”: “Portugal não precisa de aventureirismo, de radicalismo nem de extremismo. Também não precisamos do pessimismo e do negativismo dos partidos à nossa direita. O que o país precisa é de uma agenda reformista e ambiciosa”, uma agenda “da esquerda democrática”.