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“O PS não abdicará de defender aquilo que é essencial”

“O PS não abdicará de defender aquilo que é essencial”

Durante as Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem até terça- feira, Francisco Assis garantiu que “o PS deve ser uma força de progresso, que não se acomoda e está atento à evolução. Por isso fizemos reformas difíceis, tantas vezes incompreendidas, mas que, curiosamente, no momento da sua concretização contaram sempre com a oposição da direita”.

“Se há tema que na Europa e claramente em Portugal distingue a esquerda e a direita, é a preocupação com a preservação do Estado social”, sustentou Francisco Assis, adiantando que todos os dias, na comunicação social, é possível ler notícias sobre a intenção do PSD de rever a Constituição da República.
“Coma revisão constitucional, o PSD quer levar a cabo uma verdadeira refundação constitucional, pondo em causa aspectos essenciais da Lei Fundamental em vigor e pondo em causa aspectos fundamentais do nosso modelo de desenvolvimento económico e social. Mas, de uma forma muito clara, devemos dizer ao PSD que não contará com a participação do PS em qualquer processo de revisão constitucional que tenha por objectivo uma refundação constitucional na perspectiva de pôr em causa aspectos essenciais do Estado social”, advertiu o líder da bancada socialista, recebendo uma prolongada salva de palmas.
Francisco Assis considerou mesmo esse objectivos de defender o Estado social “como um combate essencial que será travado” pelos socialistas.
Segundo o presidente do Grupo Parlamentar do PS, “alguns” sectores, aproveitando a actual conjuntura de crise, “estão a ser tentados para pôr em causa conquistas civilizacionais do século XX”.
“Este será um elemento central do debate político nacional nos próximos tempos. O PS não abdicará de defender aquilo que é essencial”, advertiu Assis.
“Não temos em relação ao Estado social, como não temos em relação a nada, uma perspectiva imobilista, conservadora e dogmática que nos impeça de ver o que tem mudado no mundo”, disse.