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"O PS honra os compromissos e não abdica da defesa dos interesses dos portugueses"

"O PS honra os compromissos e não abdica da defesa dos interesses dos portugueses"

António José Seguro disse hoje no Porto ter enviado uma carta à ‘troika’ a garantir que “o PS honra os compromissos assumidos pelo Estado português”, mas garantiu também que o PS não abdica da defesa dos interesses dos portugueses.

“Isto é, amanhã, quando o PS for Governo, nós honraremos todos os compromissos do Estado português. Agora, não abdicamos de ter voz e de ter voz para defender os interesses dos portugueses”, disse António José Seguro, referindo-se à moção de censura ao Governo já aprovada pelo partido.

No final de uma reunião de mais de duas horas com agentes culturais da cidade do Porto, o secretário-geral do PS considerou que “o primeiro-ministro não tem voz na Europa nem defende os interesses dos portugueses”.

António José Seguro referiu ainda que cabe ao PS definir o momento de entrega da moção de censura ao Governo: “Nós vamos censurar este Governo e vamos apresentar essa moção na Assembleia da República e não abdicamos do direito constitucional de sermos nós a decidir quando vamos apresentá-la”.

“O Governo e o PSD estão completamente desorientados” sublinhou o líder socialista, acrescentando que na sexta-feira “tentaram esconder dos portugueses os dados sobre execução orçamental de fevereiro e os dados do desemprego libertando-os à noite, tentando esconder debaixo do tapete, e agora vêm acusar o PS como se os portugueses não percebessem o que se está a passar”.

O Governo “falhou” e “é responsável pelo maior aumento de desemprego” da História de Portugal, e por uma quebra da economia, não conseguindo acertar “nem nas previsões, nem nos défices, nem na dívida. A dívida não para de aumentar, portanto quem falhou foi o Governo. Chega de politiquices, assumam as suas responsabilidades”, frisou.

António José Seguro esclareceu que o “timing” da moção de censura tem a ver com “os resultados da sétima avaliação [da ‘troika’] e com a constatação de que o Governo diz que está tudo bem”.

Na sétima avaliação, sublinhou, “verificou-se que Portugal tem uma espiral recessiva ainda maior do que a que estava prevista” e que vai ter “ainda mais aumento de desemprego”.

“Acham que alguém no seu perfeito juízo pode dizer que Portugal está na direção certa. Não estamos, estamos é a caminho de uma tragédia e o PS não será cúmplice dessa tragédia”, frisou.