Em declarações proferidas, sexta-feira, na sede da estrutura regional do Partido Socialista, no Funchal, Cafôfo afirmou estar ciente de que “não é possível fazer tudo, nem de uma só vez”, assegurando, porém, que os socialistas irão “arregaçar as mangas e fazer diferente”.
“O PS está pronto para governar a Madeira”, afiançou, avisando que “a resolução dos problemas dos madeirenses não se pode fazer esperar”.
Paulo Cafôfo apresentou-se como o único candidato às eleições internas para a presidência da estrutura regional madeirense, obtendo 1.249 votos, num momento que, vincou, “mostrou a vivência democrática no PS/Madeira, fortalecendo a liderança e promovendo a coesão e mobilização do partido para as eleições de 23 de março”.
Concluído o processo eleitoral em que foram igualmente eleitos 300 delegados ao XXII Congresso Regional, a realizar a 22 e 23 deste mês, Cafôfo enfatizou que o PS irá posicionar-se na próxima batalha eleitoral como “o partido capaz de dar estabilidade à Madeira”.
Perante os jornalistas, o dirigente socialista assumiu o propósito de, no âmbito de uma governação do PS/Madeira, implementar “políticas que facilitem o justo acesso à saúde e à habitação, que promovam o aumento dos rendimentos, potenciem a atração de investimento e a criação de mais empregos, mais bem remunerados”.
“Basta deste governo que só propagandeia, mas que nada faz em benefício dos madeirenses. É tempo de mudar e de pôr as pessoas no centro das políticas públicas. É tempo de fazer, verdadeiramente, da Madeira uma terra que dê oportunidades aos seus”, defendeu, apelando à coragem de todos para transformar a Região e abraçar um futuro de progresso e esperança”.
Novo modelo económico com efeitos na vida dos madeirenses
Entretanto, na sessão de retoma dos Estados Gerais do PS/Madeira dedicada à Economia regional, que decorreu no domingo, no Funchal, Paulo Cafôfo reafirmou a determinação dos socialistas em implementar um novo modelo económico que produza resultados na vida da população.
E assinalou os eixos de desenvolvimento que o PS preconiza, destacando o investimento público como “uma mola que impulsiona e contagia o tecido empresarial e económico”, mas que tem de ter “um efeito nas pessoas e naquilo que é o seu bem-estar”.
Neste ponto, Cafôfo aproveitou para clarificar que não é contra obras públicas.
“Pelo contrário, sou a favor das que possam ter um efeito na vida dos cidadãos e que sejam úteis”, pontualizou, exemplificando com a questão das infraestruturas, da mobilidade, com os investimentos na área da saúde e do social, na educação, formação e especialização técnica e profissional.
A valorização dos setores tradicionais, como a agricultura e o turismo, foi outra das metas prioritárias mencionadas, com o líder socialista madeirense a apontar a necessidade de os tornar mais competitivos e de alocar recursos do governo também para áreas estratégicas bem definidas, como a economia azul, o mar, a energia, as novas tecnologias e o digital.
Quanto à Administração Pública, que considerou ser “um motor importante da economia madeirense”, Cafôfo sublinhou a necessidade de procurar que “esteja ao serviço dos cidadãos e não de quem está no governo”.
“É preciso um ambiente político que liberte os funcionários públicos da pressão a que estão sujeitos”, rematou.
