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O primeiro-ministro passa a vida a enganar os portugueses

O primeiro-ministro passa a vida a enganar os portugueses

Mais uma vez, o primeiro-ministro não respondeu às perguntas do PS no debate quinzenal.

“O primeiro-ministro passa a vida a enganar os portugueses”, denunciou António José Seguro. “Os membros do seu governo falam em milagre económico, de um país das maravilhas”, enquanto os portugueses estão a sofrer e o Governo corta mais nas pensões. O líder socialista desmontou também alguns dos números da propaganda neste debate quinzenal, como os do desemprego e do crescimento económico.

“O contributo que houve para evolução da nossa economia deve-se à procura interna e não às exportações”, visto os portugueses terem recuperado algum rendimento, o que aconteceu  não por sua opção do Executivo, “mas por decisão do Tribunal Constitucional”, disse António José Seguro.

Quanto ao emprego, o líder socialista disse que percebe que o chefe do Executivo “não queira responder às perguntas que lhe faço” nem fazer “uma análise mais profunda sobre o desemprego. No ano de 2013 houve uma diminuição de 100 mil trabalhadores. Só houve criação líquida de 30 mil. Onde estão os outros 70 mil? Emigraram”. Dos 30 mil empregos criados em 2013, 25 mil foram na Administração Pública. Como não há contratações no Estado, isto significa que são estágios e não emprego real.

“O Governo faz uma grande festa, quando o país em 2013 teve uma recessão de 1.4% do PIB. A estimativa do Governo apontava para uma recessão de 1%”. Apesar de o Executivo dizer que Portugal é um caso de sucesso, António José Seguro lembrou que “há mais de 800 mil portugueses desempregados, 200 mil portugueses que emigraram, 310 mil portugueses inativos e dívida superior 200 mil milhões de euros”, o que demonstra que a satisfação do Governo não passa de propaganda. “Estão a pensar nas eleições para se perpetuarem no Governo”, disse o líder socialista, assinalando que o primeiro-ministro só pode dizer que cumpriu o Orçamento do Estado por ter recorrido a medidas extraordinárias.

 

“Os senhores estão a criar uma fábula para efeitos eleitorais. Passam a vida a enganar os portugueses”, conclui António José Seguro no final do debate quinzenal.