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O primeiro-ministro afrontou os reformados e os atuais trabalhadores

O primeiro-ministro afrontou os reformados e os atuais trabalhadores

O PS acusou hoje o primeiro-ministro de ter “insultado os trabalhadores e os reformados” ou por desconhecer o sistema contributivo ou por estar a esconder medidas futuras para cortar na segurança social pública.

Miguel Laranjeiro disse, no final de uma reunião do Secretariado Nacional do PS, estar perante “mais uma trapalhada deste Governo, insultando os portugueses, sejam reformados ou trabalhadores, e revelando um desconhecimento gritante da situação”.

“O primeiro-ministro falou aliás com uma ligeireza imprópria de um primeiro-ministro. Aquilo que disse foi uma afronta aos portugueses, sobretudo aos reformados e atuais trabalhadores”, disse.

De acordo com o dirigente socialista, o sistema contributivo português é baseado nos descontos dos trabalhadores ao longo da sua carreira, cabendo ao Estado arrecadar um terço dos salários dos portugueses.

“Estas declarações do primeiro-ministro vão ao arrepio dessa necessidade de relação de confiança. Será que o primeiro-ministro quer retirar direitos aos trabalhadores que descontaram uma vida inteira e que descontaram aquilo que lhes pediram e que confiaram ao Estado Português?”, questionou Miguel Laranjeiro.

Miguel Laranjeiro afirmou depois que importa apurar se é no âmbito da Segurança Social pública que o primeiro-ministro quer cortar os quatro mil milhões de euros a que se comprometeu com a 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia).

“Será que o primeiro-ministro se prepara para agravar o saque fiscal, sem debater e sem ouvir os parceiros sociais? O primeiro-ministro já falou em copagamento no ensino público”, realçou.

Miguel Laranjeiro exigiu neste contexto que o primeiro-ministro “fale verdade aos portugueses”.

“A declaração que fez revela que o primeiro-ministro ou não sabe do que fala ou tem algo escondido e que não quer dizer aos portugueses”, declarou, antes de questionar o Governo se está ou não em marcha uma privatização da segurança social pública.

“Este primeiro-ministro está a pretender colocar portugueses contra portugueses e está a romper um contrato social que deve sempre existir entre o Estado e os cidadãos”, acrescentou Miguel Laranjeiro.