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O país quer mudar de Governo

O país quer mudar de Governo

A maioria PSD/CDS-PP ficou esgotada com o fim do programa de assistência económico-financeira da ‘troika', pois “não tem mais nada a dizer” e o país anseia ser libertado do Governo, afirmou António Costa à saída de uma reunião com empresários.

“A maioria parlamentar esgotou a sua capacidade de inovação e renovação. Tinha um único programa que era cumprir o programa da ‘troika'. A ‘troika' acabou, o programa continuou com este Governo, que não tem mais nada a dizer. O país está todo impaciente é para que este Governo rapidamente o liberte para que se possa concentrar nos grandes desafios do futuro, com ambição, convicção e capacidade porque há empresas cheias de vontade de produzir”.

O secretário-geral do PS, acompanhado pelos deputados Ferro Rodrigues, Marcos Perestrello, Pedro Nuno Santos e João Galamba, reuniu-se com representantes de associações empresariais das indústrias têxtil, do calçado, da construção civil e do setor da hortofloricultura.

“O que toda a gente sente é que estamos muito aquém do ponto em que devíamos estar e para onde devíamos ir. As estatísticas demonstram-no, ao contrário do que o Governo nos quis apresentar, como nos tendo dado esta estratégia de austeridade um novo padrão de crescimento – cada vez mais exportadores e menos importadores. Os números que vão saindo do nosso comércio externo vão destruindo esta ideia”.

António Costa referiu a iniciativa governamental de criação de um banco de fomento, que “não ata nem desata” e sugeriu que “o investimento dos ‘vistos gold', utilizado sobretudo para escoar imobiliário paralisado na banca seja reorientado para um fundo de capitalização de empresas, por exemplo, através do IAPMEI” (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação), além de medidas fiscais de incentivo (IRS e IRC) ao financiamento das empresas pelos próprios sócios, “sem contar como custo e em alternativa ao recurso à banca”.

Os setores do têxtil, calçado e agroalimentar “estão a crescer, mas poderiam crescer muito mais se os fundos [comunitários de apoio] estivessem já ativados, se o clima económico fosse outro, se houvesse mais investimento e, para isso, era preciso mais confiança”.